ESPECIALIDADES

O Hospital São Lucas conta com profissionais de diversas especialidades, preparados para analisar caso a caso e atender seus pacientes com a máxima dedicação e cuidado.


Angiologia e Cirurgia Vascular


Cirurgia vascular é a especialidade médica que se ocupa do tratamento cirúrgico de doenças das artérias, veias e vasos linfáticos. Atua junto à Angiologia, especialidade responsável pelo estudo clínico dessas doenças.

A angiologia encarrega-se do estudo, diagnóstico e tratamento clínico das doenças vasculares. O tratamento clínico consiste em ações para promoção, prevenção, recuperação da saúde através de alterações dos hábitos de vida, medicamentos e exercícios físicos usualmente.

A cirurgia vascular atua no diagnóstico, estudo e tratamento cirúrgico das enfermidades dos vasos. O tratamento cirúrgico pode ser da forma convencional - cirurgia através de incisões - ou por dentro dos vasos cirurgia endovascular.

Até o ano de 2006 no Brasil as duas abordagens, clínica e cirúrgicas, eram realizadas por uma especialidade unificada que levava o nome de "Angiologia e Cirurgia Vascular" . Entretanto, após várias discussões com sociedades de especialidades médicas foi separada em duas especilidades distintas, através da resolução CFM Nº 1.763/05.

Em Portugal, o internato de Angiologia e Cirurgia Vascular compreende 72 meses de prática clínica e cirúrgica com avaliação final (teórica, prática e curricular).

Entre as doenças vasculares passíveis de tratamento cirúrgico pode-se citar:
- Oclusões arteriais - Causadas geralmente por trombos ou placas ateromatosas
- Aneurismas - Dilatações arteriais
- Varizes - Dilatações venosas
- Anastomoses de artérias e veias - Para tratamento dos traumas vasculares

Também a confecção de fístula artério-venosa para realização de hemodiálise em pacientes portadores de insuficiência renal crônica em geral é conduzida por cirurgião vascular.


Cirurgia Bucomaxilofacial


Cirurgia bucomaxilofacial ou, mais corretamente, cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial é uma especialidade odontológica que trata cirurgicamente as doenças da cavidade bucal, face e pescoço, tais como: traumatismos e deformidades faciais (congênitos ou adquiridos), traumas e deformidades dos maxilares e da mandíbula, envolvendo a região compreendida entre o osso hioide e o supercílio de baixo para cima, e do tragus a pirâmide nasal, de trás para diante.

Dentre as doenças existem os tumores benignos e malignos, os cistos dos maxilares, as provocadas por fungos, vírus, e manifestações associadas a doenças sistêmicas como AIDS, tuberculose, sífilis entre outras. As deformidades faciais são compreendidas desde as sequelas de doenças como o câncer, os traumas severos, ou distúrbios do desenvolvimento, como as síndromes ou alterações do desenvolvimento como o prognatismo (aumento dos maxilares), micrognatismo (diminuição dos maxilares) ou a combinação delas.

Hipócrates já mencionava lesões da boca e efetuava certos tratamentos desde a dor de dentes ao tratamento de fraturas na face. Existem registros de reduções de fraturas da face, rudimentares porém eficientes, e estes princípios foram utilizados como base para os tratamentos atuais. A cirurgia bucomaxilofacial é de âmbito ambulatorial ou hospitalar. Nos ambulatórios ou consultórios são exercidas cirurgias menores, na sua grande maioria sob anestesia local, onde são por exemplo removidos dentes inclusos, pequenos tumores benignos, cistos, lesões periapicais ou paradentais, implantes dentários, cirurgias para adaptações protéticas entre outras. As cirurgias de grande porte são realizadas sob anestesia geral em ambiente hospitalar e demandam maiores cuidados. São as cirurgias de grandes tumores, fraturas faciais, cirurgias ortognáticas entre outras. Na atualidade em que aumenta assustadoramente o número de casos de traumatismos faciais, em que a sobrevida do paciente após o trauma inicial tem sido assegurada com maior constância,é mais que necessário um serviço da especialidade no município.

Dentistas generalista e especialistas em cirurgia oral e maxilofacial

A cirurgia realizada no consultório por dentistas generalistas, em geral, é muito menos extensa que as praticadas por especialistas em cirurgia bucal e maxilofacial.

O alcance da cirurgia bucal e maxilofacial para os dentistas generalistas é definido por vários fatores. O desejo do dentista em realizar procedimentos cirúrgicos é o primeiro. Alguns dentistas têm pouco ou nenhum interesse na realização de procedimentos cirúrgicos, ao passo que outros apreciam isso.O segundo fator é a experiência e o treinamento do dentista na realização de procedimentos cirúrgicos complexos. Um dentista deve estar interessado na realização de cirurgia para a remoção de dentes impactados ou inclusos; porém, sem treinamento e experiência cirúrgicos adequados e sem habilidade na realização de procedimentos anestésicos avançados, não seria prudente realizar a cirurgia. O terceiro fator determinante do alcance da prática cirúrgica do dentista é o nível de habilidade manual desse dentista. Mesmo com um alto interesse e extensivo treinamento, um dentista que tenha pouca ou nenhuma habilidade manual na área cirúrgica ou perdeu a habilidade por não praticar por um período de tempo não deve realizar procedimentos cirúrgicos complexos. Por outro lado, com um alto nível de interesse, treinamento extensivo e suficiente habilidade manual, o dentista generalista pode considerar, seriamente, a realização de procedimentos cirúrgicos mais complexos. O quarto e último fator é a disponibilidade de especialistas na vizinhança do dentista generalista. Se especialistas em cirurgia bucal e maxilofacial estão geograficamente separados por uma grande distância do dentista generalista, este poderá tentar realizar mais procedimentos cirúrgicos e cirurgias de maior complexidade que se existissem especialistas relativamente por perto.

É importante notar que a realização da prática de cirurgia bucal e maxilofacial para o dentista generalista não é, normalmente, definida por lei. A maioria dos conselhos de Odontologia estaduais emite uma licença única para a prática da Odontologia, tanto para os dentistas generalistas quanto para os especialistas. O dentista generalista tem o direito legal de realizar qualquer procedimento cirúrgico bucal e maxilofacial. Assim, cada dentista deve decidir que procedimentos cirúrgicos deverão realizar e quais devem ser indicados ao especialista, tendo-se em mente que sempre se deve propor o melhor para o paciente. Os fatores listados previamente são aqueles que determinam se tais decisões devem ser feitas.

O objetivo da cirurgia oral e maxilofacial para os dentistas generalistas inclui vários procedimentos cirúrgicos. A exodontia de dentes erupcionados e a remoção de raízes fraturadas são os procedimentos mais comumente realizados. Ao término do curso de graduação em Odontologia, cada dentista deve ter treinamento, experiência e habilidade adequados para exercer essas atividades. O dentista deve ser capaz de realizar procedimentos cirúrgicos pré-protéticos menores, que incluem a maioria dos procedimentos que podem ser realizados com anestesia local no ambulatório. O dentista deve ser capaz de lidar com infecções menores de dentes e de tecidos moles orais. Uma vez que a maioria das infecções odontogênicas é de pequeno porte, o dentista generalista razoavelmente experiente pode solucioná-las. O dentista deve ser capaz de avaliar o paciente com uma lesão patológica oral e determinar se uma biópsia é necessária. Em muitas situações, o dentista deve realizar a biópsia. Finalmente, o dentista generalista deve ter facilidade na resolução de lesões traumáticas dos dentes e tecidos moles adjacentes. Em muitos casos, o tratamento definitivo deve ser dado pelo especialista, mas o cuidado inicial, em geral, pode ser dado pelo dentista generalista.

O especialista em cirurgia bucal e maxilofacial é um dentista que obteve treinamento prévio em cirurgia bucal e maxilofacial por quatro anos ou mais após o término da graduação em Odontologia. Durante esse período, o dentista obteve extensa experiência em procedimentos cirúrgicos e médicos complexos e recebeu treinamento e experiência extensos no diagnóstico e nos procedimentos cirúrgicos de dentes impactados, assim como experiência com técnicas de exodontia em pacientes com comprometimento sistêmico severo. A aquisição de conhecimentos e de habilidade nos métodos de controle de dor avançados e complexos, incluindo sedação intravenosa e anestesia geral ambulatorial, é importante no treinamento dos cirurgiões orais e maxilofaciais. Adicionalmente, o cirurgião oral e maxilofacial recebe extenso treinamento e experiência na avaliação total e tratamento definitivo do paciente traumatizado, tratamento de infecções odontogênicas extensas da cabeça e do pescoço, tratamento de lesões patológicas bucais e maxilofaciais (como cistos e tumores dos maxilares), diagnóstico e tratamento das deformidades dentofaciais (congênitas, de desenvolvimento ou adquiridas), cirurgia pré-protética maxilofacial complexa (incluindo a utilização de implantes dentários), reconstrução com enxertos ósseos de áreas ausentes dos maxilares e o tratamento da dor facial e dos distúrbios da articulação temporomandibular.

Habilidades e funções

A cirurgia não requer somente habilidades técnicas; esta é uma disciplina complexa que inclui muitos fatores. A habilidade manual cirúrgica é a parte técnica da atividade cirúrgica total e equivale a menos de um terço da habilidade do cirurgião. O julgamento cirúrgico é a sabedoria em tomar decisões sobre a necessidade de cirurgia e de como lidar com pacientes durante um procedimento cirúrgico. Mais importante, a disciplina de cirurgia inclui o diagnóstico do problema cirúrgico; a preparação do paciente, tanto psicológico quanto fisiologicamente, para o procedimento; a duração da cirurgia para o benefício máximo do paciente, o ajuste e a modificação de procedimentos cirúrgicos padronizados para se adaptar às necessidades de cada paciente; e, finalmente, o cuidado pós-operatório de suporte que é essencial para a recuperação tranquila após o procedimento cirúrgico.

Para ser excelente, um cirurgião deve ser tecnicamente habilidoso, mas deve ter, também, fortes componentes de humanismo, gentileza, humildade e compaixão. É importante que tenha compreensão das preocupações dos pacientes relacionadas com os procedimentos cirúrgicos que serão realizados. O cirurgião deve tomar como vantagem essa compreensão e projetar uma imagem de cuidado com essas preocupações, que todos os pacientes têm. Essa abordagem humanística será o fator mais importante no julgamento pelo paciente da habilidade geral do cirurgião. O excelente cirurgião deve ter bom julgamento cirúrgico, que corresponde tanto à maturidade quanto à experiência cirúrgica. Finalmente, o cirurgião deve ter um grande respeito pelo tecido mole, assim como pelo tecido duro.

Os cirurgiões que têm pouco respeito pelos tecidos farão com que os pacientes tenham maior tempo de recuperação e uma incidência maior de complicações. Um excelente cirurgião deve saber quando operar, onde realizar a cirurgia anatomicamente e como realizar o procedimento tecnicamente. Da mesma importância, o cirurgião, tanto um generalista quanto um especialista, deve saber quando não operar. No início do treinamento do cirurgião, este deve observar os professores para que tenha exemplos de maturidade cirúrgica. Deve, ainda, observar os professores que enfatizam o detalhe cirúrgico, em vez da força cirúrgica e, também, como os cirurgiões, sendo outros estudantes ou professores, ajudam pacientes ansiosos, durante um procedimento cirúrgico, por meio da expressão da preocupação e do interesse pelo paciente como pessoa, observando, inclusive, como eles realizam a parte técnica da cirurgia.


Cirurgia Cardíaca


Cirurgia cardiovascular é a subespecialidade médica que se ocupa do tratamento cirúrgico das doenças que acometem o coração.

Dentre as cirurgias mais realizadas está a revascularização miocárdica onde o cirurgião tenta refazer a circulação de um território do músculo cardíaco que está sendo mal perfundido devido uma obstrução coronariana. Em geral utiliza-se enxertos da veia safena ou artéria mamária, que é uma artéria que perfunde a região do osso esterno.

Outras cirurgias comumente realizadas são as que visam correção das doenças que acometem as valvas cardíacas e a artéria aorta.

Em muitas cirurgias cardíacas há necessidade de parada total do coração. Nesse momento estabelece-se a circulação extracorpórea (CEC) e todo o movimento sanguíneo, bem como a oxigenação do mesmo se dá por aparelhos.

Em Portugal, a Cirurgia Cardíaca faz parte da Cirurgia Cardio-torácica, cuja residência compreende 72 meses de prática clínica e cirúrgica com avaliação final (teórica, prática e curricular).

Recentemente, com incorporação de tecnologias de vanguarda, a especialidade tem vivido grandes transformações devido a possibilidade de intervenções minimamente invasivas com auxílio de videoendoscopia torácica além da utilização de robos com sistemas de inteligência integrados. Tais avanços adicionam valor aos stakeholders por diminuir tempo de internação, retorno precoce as atividades e menor morbi-mortalidade se bem indicados os procedimentos.


Cirurgia da Mão


Cirurgia da mão é uma especialidade médica que se ocupa da prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação das patologias que acometem as mãos.

A História da Especialidade

Durante a Segunda Guerra Mundial percebeu-se a necessidade de um profissional que dominasse a anatomia do membro superior e conhecesse técnicas da Ortopedia, Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular e Neurocirurgia para cuidar das mãos dos feridos. Motivada por essa necessidade, foi fundada a Sociedade Americana de Cirurgia da Mão em 1946. A Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão foi criada em 1959 e em 1983 a Cirurgia da Mão tornou-se especialidade médica no Brasil.

A Formação do Especialista

Além dos seis anos de faculdade de medicina em regime quase integral, o Cirurgião da Mão necessita de 5 a 7 anos de especialização para sua formação. Estão qualificados para realizar o exame de título da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM) os Ortopedistas ou Cirurgiões Plásticos que cursarem Residência Médica de Cirurgia da Mão (com duração de dois anos) nos locais credenciados pela sociedade.

As Áreas de Atuação do Especialista

O campo de atuação do Cirurgião de Mão é bastante amplo e incluiu a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de diversos tipos de lesões: congênitas, cutâneas, tendíneas, ósseas, neurológicas, vasculares, tumorais, degenerativas, infecciosas, inflamatórias, reumatológicas, síndromes dolorosas, doenças profissionais e esportivas.

A mão é um órgão sensitivo-motor que possui 37 articulações interligadas como engrenagens de um relógio, que apesar de pequenas, são fortes e precisas. Além dos componentes ósseos e cartilaginosos, a mão é provida de inúmeros ligamentos, músculos, nervos e tendões que também estão sujeitos a traumas graves e diversos tipos de doenças. O minucioso conhecimento da anatomia e do funcionamento de todas estas estruturas é necessário para o diagnóstico e tratamento das lesões.

O Cirurgião da Mão está apto para atuar em todo o membro superior, incluindo problemas que acometam os ombros, cotovelos, antebraços, punhos e mãos. No entanto, com o desenvolvimento de uma área de atuação da ortopedia: a Cirurgia de Ombro e Cotovelo, o Cirurgião da Mão têm atuado menos nas doenças dos ombros.

Por atuar na exploração dos nervos periféricos – estruturas que dão a função sensitiva e motora para os quarto membros, esse especialista também atua nos membros inferiores. Os reimplantes e retalhos microcirúrgicos também podem ser executados nos quatro membros.

Para o Cirurgião de Mão realizar uma microcirurgia, métodos de magnificação das imagens são utilizados, como o uso de lupas ou microscópios. Instrumentais especiais (e geralmente caros) também são utilizados para manipulação dessas pequenas estruturas como vasos e nervos. Quando em uso do microscópio, mínimos movimentos de suas mãos podem ser convertidos em movimentos rápidos ou bruscos demais e até a respiração tem que ser controlada, para se evitar tremores. Mesmo trabalhando com esta dificuldade óptica, o cirurgião tem que ser eficiente e rápido.

Algumas microcirurgias duram dez a doze horas, em decorrência da complexidade das mesmas. Se após uma difícil sutura de um vaso, o microcirurgião perceber que o sangue está circulando de forma precária, todo o trabalho é desfeito e novamente refeito, até que fique praticamente perfeito. O Cirurgião de Mão tem que ser persistente, principalmente nos dias de cansaço ou sono perdido.

A Importância da Especialidade

O homem moderno é bastante dependente das atividades manuais para escrever, digitar, expressar-se através da música, pintura, artesanato, para cuidar de si, locomover-se e trabalhar. Todas estas atividades expõem as mãos a traumatismos, daí o motivo pelo qual a mão e punho serem a parte do corpo com a maior frequência de atendimentos nos prontos-socorros. Um estudo realizado por Michno em um período de 14 anos mostrou que 49% das fraturas atendidas em Pronto Socorro ocorreram em mãos ou antebraços.

Vivemos uma verdadeira epidemia de traumas, seja através dos acidentes de trânsito, violência ou acidentes de trabalho. Furtado e colaboradores publicaram o perfil dos atendimentos de uma emergência em Recife no ano de 2001 e os atendimentos ortopédicos ficaram em primeiro lugar (36,1%), seguidos pela Clinica Médica (25%) e Clínica Cirúrgica (15%).

Considerando apenas as fraturas expostas, um estudo realizado no interior de São Paulo apontou uma incidência de 38,2% para as fraturas de antebraço e mão, fazendo frente às fraturas de tibia (36%), bastante prevalentes nos acidentes motociclísticos.

Com relação aos acidentes de trabalho, no último Anuário Estatístico do Ministério da Previdência Social disponível para consulta na internet - referente a 2011, consta que os ferimentos e fraturas do punho e da mão são as duas primeiras causas de afastamento do trabalho, com 17,2% do total de casos. A parte do corpo com maior incidência de acidentes de trabalho de motivo típico foi a mão, com 39,2% dos casos.

O Ministério da Saúde emitiu em 18 de setembro de 1998, a portaria nº 3642, que determina que no “sistema estadual de referência hospitalar em atendimento de urgências e emergências, exista especialista em Cirurgia da Mão, de acordo com a disponibilidade de cada Estado”. Esta portaria é um reconhecimento da necessidade desta especialidade para o primeiro atendimento dos traumas de mão.

Progressivamente, a classe médica e a sociedade brasileira estão conhecendo a especialidade, e a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão tem um papel muito importante neste processo de divulgação.


Cirurgia Geral


Cirurgia geral é a especialidade médica cuja área de atuação compreende: Cirurgia Abdominal, Cirurgia videolaparoscópica e Cirurgia do trauma. Esta especialidade médica ocupa-se do estudo dos mecanismo fisiopatológicos, diagnóstico e tratamento de enfermidades passíveis de abordagem por procedimentos cirúrgicos.[1] A residência médica em Cirurgia Geral é pré-requisito para várias outras especialidades cirúrgicas. Recentemente a Associação Médica Brasileira e o CFM reconheceram a Cirurgia Geral como especialidade e não apenas sendo pré-requisito para outras especialidades. Assim, atualmente o Cirurgião Geral é aquele habilitado e treinado para resolução das afecções cirúrgicas mais comuns, além de se dedicar à laparoscopía e a cirurgia do trauma.

Em Portugal, o internato consiste em 72 meses distribuídos do seguinte modo: 48 de Cirurgia Geral - o que inclui 12 de Cirurgia Cervical (do Pescoço); 3 de Traumatologia, 3 de Cirurgia Pediátrica, 3 de Cirurgia Plástica, 3 de Ortopedia, 2 de Cirurgia Maxilo-Facial, 2 de Cirurgia Cardiotorácica, 2 de Cirurgia Vascular, 2 de Neurocirurgia, 2 de Ginecologia e 2 de Urologia. A avaliação (teórica, prática e curricular) é feita no final de cada ano e do internato. Finalizado este período de formação, o médico adquire o grau de especialista. [2] No Brasil, a duração é de 2 anos de curso sendo o terceiro opcional para a obtenção de maiores conhecimentos.


Cirurgia Plástica Reparadora


A cirurgia plástica tem por objetivo a reconstituição de uma parte do corpo humano por razões médicas ou estéticas.

A cirurgia plástica se desenvolve sob duas facetas: a cirurgia plástica reparadora e a cirurgia plástica estética.

A cirurgia plástica reparadora tem como objetivo corrigir lesões deformantes, defeitos congênitos ou adquiridos. É considerada tão necessária quanto qualquer outra intervenção cirúrgica.

A cirurgia plástica estética é aquela realizada pelo paciente com o objetivo de realizar melhoras à sua aparência. A pessoa quando se submete a tal intervenção cirúrgica não a faz com intenção ou propósito de obter alguma melhora em seu estado de saúde, mas sim para melhorar algum aspecto físico que não lhe agrada, ou seja, corrigir uma deformidade que ela adquiriu ao nascimento por exemplo, como uma orelha proeminente ou em abano, outro caso como uma mama flácida que pode lhe dificultar um relacionamento afetivo. Situações que não lhe causam prejuízo da ordem funcional, mas sim de ordem psicológica. Atualmente, as duas cirurgias plásticas estéticas mais realizadas no Brasil são a lipoaspiração e o implante de prótese de silicone nos seios[carece de fontes].

Formação e reconhecimento

Esta especialidade é certificada ao médico que realiza um período de formação tutelada, variante segundo os países. No Brasil, a residência em Cirurgia Plástica compreende 2 anos de Cirurgia Geral, seguidos de 3 anos de Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética num programa de 60 horas semanais. Em Portugal, o internato consiste em 72 meses (num programa de 40 horas semanais) distribuídos do seguinte modo: 12 de Cirurgia Geral, 48 de Cirurgia Plástica Reconstrutiva (iniciação técnica, incluindo microcirúrgica - 1M; lesões cutâneas e queimaduras - 5M; reconstrução traumatológica - 6M; deformidades congénitas e oncológicas - 9M; cirurgia plástica da mama e da obesidade - 6M; cirurgia da mão e plexo braquial - 4M; cirurgia plástica de tórax e abdômen - 2M; cirurgia de rejuvenescimento facial - 6M; cirurgia plástica de órgãos sexuais externos - 3M; cirurgia craniofacial - 6M), 6 de cirurgia estética, 6 de estágios opcionais fora do serviço de formação (o que pode incluir clínica estrangeira protocolada). A avaliação (teórica, prática e curricular) é feita no final de cada ano e do internato. Finalizado este período de formação, o médico adquire o grau de especialista.

Em ambos os casos, a carga horária poderá ser acrescida de mais clínica emergencial (sobretudo no caso brasileiro) ou electiva privada (sobretudo no caso português), o que torna a formação humanamente muito absorvente e desgastante.

Entretanto no Brasil não é obrigatória a participação na sociedade médica específica, nem mesmo ter o titulo de especialista para exercer a atividade. Vários cirurgiões que executam atos plásticos, não fazem nem farão parte da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica pois esta só permite a admissão após 3 anos de residência ou especialização médica comprovada por entidade reconhecida como idónea. Em Portugal alguns médicos não reconhecidos como especialistas também produzem atos de cirurgia plástica (sobretudo estética). Aliás, qualquer inscrito na Ordem dos Médicos portuguesa está autorizado a executar qualquer ato médico, não devendo porém ultrapassar os seus limites e competências. Portanto, se tais médicos não reconhecidos como especialistas forem alvejados por processos judiciais da parte de pacientes (por ventura insatisfeitos), mesmo sem qualquer erro, negligência ou insucesso comprovados, não serão defendidos e sim disciplinarmente processados também pela Ordem dos Médicos.

Cirurgia plástica em ex-obesos

Com o crescente número de pacientes que se submetem a gastroplastia redutora, consequentemente cresce o número de cirurgias plásticas em ex-obesos. Após doze meses da cirurgia, o paciente apresenta considerável excesso de pele, devido à redução de peso. As cirurgias plásticas são necessárias para a remoção desse excesso de pele — que, em alguns casos, são consideradas como cirurgias higiênicas. A mais comum das cirurgias plásticas em ex-obesos é a abdominoplastia, seguida da mastopexia (com ou sem implante de silicone) e dos liftings crural, toracobraquial e cervicofacial. O objetivo maior dessas cirurgias é a remoção dos últimos vestígios da obesidade, para proporcionar ao paciente melhora de sua autoestima e, consequentemente, de sua qualidade de vida.


Cirurgia Torácica


Cirurgia torácica é a especialidade médica que se ocupa do tratamento de patologias pulmonares e torácicas passíveis de abordagem cirúrgica à exceção das que acometem o coração e grandes vasos.

Esta especialidade é certificada ao médico que realize um período de formação tutelada, variante segundo os países. Em Portugal, o internato de Cirurgia Cardio-torácica compreende 72 meses de prática clínica e cirúrgica com avaliação final (teórica, prática e curricular). No Brasil a residência médica em cirurgia torácica tem a duração de 2 anos obrigatórios com um terceiro ano opcional e tem como pré-requisito obrigatório 2 anos de residência médica em cirurgia geral.

Exemplos de procedimentos cirúrgicos

- Traqueostomia
- Simpatectomia
- Lobectomia
- Segmentectomia
- Transplante pulmonar
- Drenagem da cavidade Pleural
- Cirurgia das deformidades da parede torácica anterior

Exemplos de procedimentos cirúrgicos com uso de equipamentos

- Broncoscopia rígida
- Broncofibroscopia
- Mediastinoscopia
- Toracoscopia ou Pleuroscopia
- Cirurgia torácica vídeo-assistida

Exemplos de órteses ou próteses usadas na Cirurgia torácica - Molde traqueal

- Sistema coletor de drenagem pleural ou mediastinal
- Sistema de aspiração contínua
- Dreno torácico


Clínica Médica


A Clínica Médica é a especialidade da Medicina focada no diagnóstico e tratamento clínico das patologias em adultos, ou seja, sem cirurgia. O médico desta especialidade é responsável por avaliar o paciente de maneira completa e está apto a resolver a maioria das enfermidades, além de gerenciar o cuidado do paciente indicando o especialista adequado, caso haja necessidade.


Dermatologia


Dermatologia é a especialidade médica que se ocupa do diagnóstico e tratamento clínico-cirúrgico das doenças que acometem o maior órgão do corpo humano – a pele, tendo em média 2 metros quadrados de área em um indivíduo adulto. A especialidade engloba ainda as doenças que acometem os anexos cutâneos: cabelos e unhas, bem como as mucosas (ex: boca e genitais). Outra denominação é a dermatovenerologia já que a especialidade tem importante atuação no contexto das doenças sexualmente transmissíveis (doenças venéreas).

A história da Dermatologia moderna começa na Europa, entre século XV e XVI, onde clínicos começam a se interessar por problemas cutâneos. O primeiro livro-texto de Dermatologia foi escrito em 1797, pelo doutor Robert Willian. De fato, aos poucos a Medicina começou a salientar a importância da pele, não apenas como um invólucro, mas o maior órgão do ser humano.

A Dermatologia atua em todos os processos fisopatológicos que envolvem a pele: desde simples infecções, reações auto-imunes e inflamatórias, e tumores. A hansenologia é outra importante área de atuação da dermatologia. Por lidar com a pele, a dermatologia é a especialidade médica mais indicada para atuação em cosmiatria. Atualmente, o Dermatologista formado pode realizar subespecialização em Dermocosmiatria, onde o estudo e aplicação no campo da cosmiatría é o centro de ação desse profissional. Outro destaque é a Cirurgia Dermatológica que é uma subespecialidade da Dermatologia, onde o profissional médico se gabarita a realizar procedimentos cirúrgicos de maior complexidade da pele e seus anexos (unhas, cabelos, glândulas, etc).

Formação e Reconhecimento

Esta especialidade é certificada ao médico que realize um período de formação tutelada, variável segundo os países. No Brasil, a residência consiste em 3 anos de Dermatologia. Em Portugal, o internato compreende 60 meses distribuídos do seguinte modo: 6 de Medicina Interna, 3 de Pequena Cirurgia, 39 de Dermatovenerologia Clínica e Cirúrgica, 4 de Cirurgia Plástica, 2 de Anatomia Patológica, 3 de Infecciologia e 3 de Imunoalergologia. A avaliação (teórica, prática e curricular) é feita no final de cada ano e do internato.

O acesso à formação é dos mais competitivos em ambos os países. Tal como para todas as outras especialidades, anualmente em Portugal, os médicos escolhem-na por seriação baseada numa prova de conhecimentos de um concurso público.

São especialistas em Dermatologia no Brasil, os médicos registrados nesta especialidade junto ao Conselho Federal de Medicina(CFM). São especialistas em Portugal os clínicos reconhecidos pela Ordem dos Médicos como tal.

No Brasil, a Dermatologia é representada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, sendo composta por quase 7 mil associados, representando a 2ª maior entidade Dermatológica do Mundo. Em Portugal, a Dermatovenerologia é representada pelos respectivos colégio de especialidade e sociedade; eles contam com cerca de 350 especialistas reconhecidos pela Ordem.


Fisioterapia / Reabilitação Motora


Fisioterapia é uma ciência da saúde aplicada ao estudo, diagnóstico, prevenção e tratamento de disfunções cinéticas funcionais de órgãos e sistemas. Sua gestão necessita do entendimento das estruturas e funções do corpo humano. Ela estuda, diagnostica, previne e trata os distúrbios, entre outros, cinético-funcionais (da biomecânica e funcionalidade humana) decorrentes de alterações de órgãos e sistemas humanos. Além disso, a Fisioterapia estuda os efeitos benéficos dos recursos físicos como o movimento corporal, as irradiações e correntes eletromagnéticas, o ultrassom, entre outros recursos, sobre o organismo humano. É a área de atuação do profissional formado em um curso superior em Fisioterapia. O fisioterapeuta é capacitado a diagnosticar disfunções, avaliar, reavaliar, prescrever (tratamento fisioterapêutico), emitir prognóstico, elaborar projetos de intervenção e decidir pela alta fisioterapêutica.

É administrada em consultórios, clínicas, centros de reabilitação, asilos, escolas, domicílios, clubes, academias, residências, hospitais, empresas, unidades básicas ou especializadas de saúde, pesquisas, entre outros, tanto por serviços públicos como privados. Atua nas mais diferentes áreas com procedimentos, técnicas, metodologias e abordagens específicas que têm o objetivo de avaliar, tratar, minimizar problemas, prevenir e curar as mais variadas disfunções. Além disto, a complexidade da profissão reside na necessidade do entendimento global do ser humano, por meio da anatomia, citologia, fisiologia, embriologia, histologia, biofísica, biomecânica, bioquímica, cinesiologia, farmacologia, neurociências, genética, imunologia, além da antropologia, ética, filosofia, sociologia, deontologia, e outras ciências de formação geral. Durante o curso, o aluno entra em contato com diversas áreas médicas a fim de associar as patologias com o tratamento fisioterapêutico ideal. Para isso, faz-se necessário o conhecimento e estudo das áreas de: cardiologia, pneumologia, pediatria, urologia, ginecologia, neurologia, geriatria, ortopedia e traumatologia, reumatologia, dermatologia, oncologia entre outras áreas.

Uma formação curricular consistente permite ao fisioterapeuta, em sua avaliação ou consulta, a formulação do diagnóstico fisioterapêutico (cinesiológico-funcional), de acordo com a normatização profissional do Brasil. A Fisioterapia foi regulamentada oficialmente no Brasil pelo Decreto-Lei nº 938 em 1969 e pela Lei Federal nº 6.316 em 1975. Santa Alphais é considerada a padroeira dos fisioterapeutas.

Prevenção
A atenção fisioterapêutica propicia o desenvolvimento de ações preventivas primárias, secundárias e terciárias. Mesmo antes da doença atingir o horizonte clínico, ou seja, de exibir sinais e sintomas, podem ser desenvolvidas intervenções preventivas.

Em indivíduos sob atenção do Fisioterapeuta para recuperação funcional de lesões e/ou disfunções, ações preventivas mais complexas podem ser desenvolvidas, como por exemplo, a prevenção de incapacidade respiratória numa vítima de um dado quadro neurológico.

No âmbito da saúde comunitária, podem ser desenvolvidas ações preventivas visando a minimização de disfunções decorrentes de doenças crônico-degenerativas, prevenção de condições biomecanicamente desfavoráveis, escola de postura, dentre outras ações. É crescente a solicitação da sociedade para que o Estado disponibilize com maior efetividade a atenção fisioterapêutica.

No Brasil, a 13.ª Conferência Nacional de Saúde realizada em Brasília/DF de 14 a 18 de novembro de 2007 aprovou por unanimidade uma política pública de saúde funcional pelo Sistema Único de Saúde.

Um fisioterapeuta esportivo. A Fisioterapia esportiva atua no atendimento imediato a atletas e também de forma preventiva

Processo de reabilitação
Trata-se de um processo multiprofissional visando a reinserção bio-psico-social do paciente. O fisioterapeuta tem por objetivo restaurar os movimentos e funções comprometidas depois de uma doença ou acidente. Nesse momento, é o Terapeuta Ocupacional que irá atuar com esse paciente para que o mesmo possa estar se reinserindo na sociedade, ou o mais perto disto (mais funcional/autônomo possível). Não se pode afirmar que a reabilitação foi um sucesso se o indivíduo recuperado total ou parcialmente não conseguir retornar à sua função social de origem, igual ou próximo ao desempenho anterior ao acidente ou doença. O fisioterapeuta trabalha também como integrante de equipes multiprofissionais de saúde funcional juntamente com enfermeiros, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, fonoaudiólogos, psicólogos e médicos. Na resolução CNS n.º 44 de 1993 no Brasil, na gestão do ministro Jamil Haddad na Saúde e inspirado nos princípios do SUS, optou-se pela designação de profissional de saúde no lugar de paramédico nos documentos oficiais, e em extensão a expressão equipe de saúde melhor define o trabalho em equipe interdisciplinar em qualquer área, cuja autonomia dos profissionais envolvidos não fere a equipe mas, ao contrário, é a base de um trabalho em respeito mútuo.

Reintegração
A fase final do processo de reabilitação de grandes incapacitados, reintegrar a pessoa à sociedade é nobre objetivo (não exclusivo) da atenção fisioterapêutica, após uma terapia resolutiva. Em pessoas que sofreram sequelas irreversíveis (perda de membros, paralisias por lesões nervosas centrais ou periféricas ou afecções musculotendinosas incapacitantes), tal reintegração se dá mediante o treinamento e adaptação dos pacientes às suas potencialidades (com uso ou não de órteses e/ou próteses), para um grau o maior possível de autonomia pessoal e comunitária e consequente interação social.

Recursos fisioterapêuticos
Os procedimentos da Fisioterapia contribuem para a prevenção, cura e recuperação da saúde. Para que o fisioterapeuta eleja os procedimentos que serão utilizados, ele terá de proceder à elaboração do diagnóstico Cinesiológico Funcional identificando a abrangência da disfunção, assim como acompanhar a resposta terapêutica aos procedimentos indicados pelo próprio profissional. Eis os mais conhecidos e utilizados recursos fisioterapêuticos:

Cinesioterapia - Terapia pelo movimento. São procedimentos onde se usa o movimento com os músculos, articulações, ligamentos, tendões e estruturas do sistema nervoso central e periférico, que têm como objetivo recuperar a função dos mesmos. A reeducação postural é um princípio da cinesioterapia: tratar deformidades da coluna ou problemas de postura com exercícios de alongamento e de fortalecimento muscular. Um dos caminhos é o popularmente conhecido no Brasil como RPG, porém pouco difundido na Europa, aonde se prefere os termos Cadeias musculares de Mezière ou Cadeias diagonais de Busquet (oblíquas, transversas), entre outras.
Eletroterapia - Recurso que utiliza a eletricidade em inúmeros tratamentos e estimulação, como o TENS e o FES.
Termoterapia - Terapia que utiliza o calor, ou o frio, como forma de tratar diversas patologias.
Fototerapia - Utiliza aparelhos geradores de luz em diversos tratamentos.
Mecanoterapia - Procedimento com aparelhos mecânicos para fortalecer, alongar, repotencializar a musculatura e reeducar movimentos comprometidos.
Hidroterapia - Cinesioterapia realizada em ambiente aquático. Crioterapia - Emprego de gelo como procedimento terapêutico, geralmente em segmentos para tratamento de contusões e torções. Equoterapia (ou Hippoterapia) - reconhecido oficialmente como recurso terapêutico por resolução do Coffito de n.º 348, de 27/03/08. Trata-se do tratamento com auxílio do cavalo: este influencia o paciente, ao invés do paciente controlá-lo. O paciente é colocado sobre o cavalo e responde ativamente aos seus movimentos, enquanto o terapeuta, com o auxílio do auxiliar guia, determina a direção do percurso, a posição da cabeça e a velocidade do cavalo, assim como analisa as respostas do praticante fazendo os ajustes necessários para cada situação.

Além destes recursos, há vários outros mais recentes e menos conhecidos e utilizados, entre eles estão:
- Acupuntura;
- Cromoterapia;
- Magnetoterapia;
- Argiloterapia;
- Geoterapia;
- Helioterapia;
- Talassoterapia;
- Microfisioterapia;
- Spiral Taping;
- Cristalterapia, etc.

Ensino e estágios
Os primeiros cursos de Fisioterapia no Brasil remontam à década de 1950 e a partir dos anos 1960 são primeiramente reconhecidos como superiores na USP, na ABBR (RJ), na FCMMG, na UFPE e na Baiana. Atualmente, estão catalogados 499 cursos em todo o Brasil. A ABENFISIO - Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia é a entidade representativa do segmento e foi fundada durante a realização do 14.º Congresso Brasileiro de Fisioterapia de SALVADOR-BA em 1999, elegendo sua primeira diretoria em abril de 2001, em Santos/SP - Unisanta, durante o 4.°Fórum Nacional de Docentes em Fisioterapia.

Estágios em Fisioterapia submetem-se às exigências da lei federal n.º 11.788, de 25 de setembro de 2008, nos aspectos gerais da atividade, e enquadram-se nos aspectos específicos, enquanto área assistencial da saúde, na resolução normativa do COFFITO n.º 153/93,[2] que complementa a de nº 139/92 e que estabelece uma relação de no máximo 6 alunos para um preceptor, e nas recomendações da ABENFISIO do Forum de João Pessoa de 2006 para uma adequada supervisão docente.

Áreas da fisioterapia
- Fisioterapia pediátrica, Neonatológica e Hebeátrica - Especialidade que utiliza de métodos e técnicas próprias para o tratamento de enfermidades de recém-nascidos, crianças e adolescentes.
- Fisioterapia geriátrica e gerontológica - Estuda, previne e trata as disfunções decorrentes do processo de envelhecimento, mediante a administração de condutas fisioterapêuticas, prevenindo problemas funcionais e promovendo a recuperação funcional global de pessoas idosas.
- Fisioterapia dermatofuncional - Especialidade da Fisioterapia que diagnostica, estuda e trata as afecções dermatológicas e intertegumentares.
- Fisioterapia uroginecofuncional e Obstétrica - A Fisioterapia aplicada à uroginecologia tem como principal objetivo a prevenção e o tratamento de disfunções urinárias, fecais e sexuais, por meio de recursos diversos, entre eles a reeducação do assoalho pélvico e musculatura acessória, os quais serão submetidos a exercícios de fortalecimento. A Fisioterapia Obstétrica se baseia em promover uma melhor adaptação da mulher às mudanças do seu corpo no período de gestação, preparando todas as suas estruturas para o parto.
- Fisioterapia neurofuncional - Área da Fisioterapia que visa ao estudo, diagnóstico e tratamento de distúrbios neurológicos que envolvam ou não disfunções motoras; por exemplo, pacientes que sofreram um acidente vascular encefálico (AVE). A fisioterapia neurofuncional induz ações terapêuticas para recuperação de funções, entre elas a coordenação motora, a força, o equilíbrio e a coordenação. A terapêutica em Fisioterapia neurológica baseia-se em exercícios que promovam a restauração de funções motoras, de forma a resolver deficiências motrizes e aperfeiçoar padrões motores, com importante fundamentação nos princípios neurofisiológicos da facilitação neuromuscular proprioceptiva.
- Fisioterapia traumato-ortopédico-funcional - Estuda, diagnostica e trata as disfunções musculoesqueléticas, de origem ortopédica ou decorrente de traumatismos, além de doenças de origem reumatológica. Utiliza os recursos terapêuticos para aumentar a capacidade de movimentação, estimular a circulação e diminuir as dores de pacientes com fraturas, traumas musculares e entorses.
- Fisioterapia respiratória - Conjunto de procedimentos fisioterapêuticos que visam melhorar a dinâmica respiratória e a distribuição do ar inalado no pulmão, remover secreções brônquicas, obtendo assim melhor função respiratória. Além das técnicas manuais, existem diversos equipamentos que auxiliam na obtenção destes resultados.
- Fisioterapia orofacial - Atua principalmente na saúde bucal em conjunto com a Odontologia e Fonoaudiologia, tratando de disfunções da articulação temporomandibular, além de tratar disfunções relacionadas problemas oculares e pré e pós-operatório de cirurgias plásticas faciais. - Fisioterapia esportiva - Atua diretamente nas atividades esportivas, na preparação, prevenção e recuperação de lesões no processo de reabilitação de atletas em clubes, times, academias, etc.
- Fisioterapia manipulativa - A Fisioterapia Manipulativa Musculoesquelética ou Terapia Manual Ortopédica é uma área de especialização da Fisioterapia que lida com o manejo de condições neuro-músculo-esqueléticas, embasada no raciocínio clínico, usando abordagens de tratamento altamente específicas incluindo técnicas manuais e exercícios terapêuticos. A Terapia Manual Ortopédica ou Fisioterapia Manipulativa Musculoesquelética também abrange e é conduzida pelos dados científicos disponíveis, evidência clínica e pelo quadro biopsicosocial de cada paciente.
- Acupuntura e fisioterapia - É uma especialização reconhecida pelo COFITO desde 1985 e consiste na aplicação da acupuntura e de outras técnicas corporais da medicina tradicional chinesa aos problemas músculo-esqueléticos tradicionalmente abordados destacando-se aspectos da terapia e dor, comportamento depressivo e a reorganização das sensações corporais.
- Fisioterapia oncofuncional - A Fisioterapia Oncofuncional tem como objetivo preservar, manter, desenvolver e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas do paciente, assim como prevenir os distúrbios causados pelo tratamento oncológico.


Gastroenterologia


A Gastroenterologia ou Gastrenterologia (do grego gastér = estômago, énteron = intestino), é a especialidade médica que se ocupa do estudo, diagnóstico e tratamento clínico das doenças do aparelho digestivo. O tratamento cirúrgico de tais patologias é abordado pela Cirurgia do Aparelho Digestivo.
Formação Acadêmica
No Brasil, o médico gastroenterologista precisa concluir, além do curso de graduação em medicina, programa específico de residência médica com duração mínima de 2 anos ou experiência na área pelo mesmo tempo e ser aprovado em concurso para receber o título de especialista outorgado pela Associação Médica Brasileira e Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Áreas de Atuação
Médicos gastroenterologistas podem ainda atuar em áreas que não são consideradas especialidades médicas no Brasil, mas que estão relacionadas à especialidade e geralmente requerem uma formação acadêmica adicional, a saber: endoscopia digestiva, gastroenterologia pediátrica, hepatologia e nutrição parenteral e enteral.


Ginecologia


A ginecologia é a pratica da medicina que lida diretamente com a saúde do aparelho reprodutor feminino (vagina, útero ovários) e mamas. Seu significado literal é "a ciência da mulher". É paralela a andrologia que lida especificamente com questões ligadas ao aparelho reprodutor masculino. Quase todos ginecologistas atuais são também obstetras; veja "Ginecologia e obstetrícia".

Etimologia:
A palavra "ginecologia" vem do grego gyne "mulher" e -logia "estudo".

Doenças:
Os principais problemas tratados com um ginecologista são:
- Cancro dos órgãos reprodutivos incluindo ovários, tuba uterina, útero, vagina e vulva.
- Incontinência urinária
- Amenorreia (ausência dos períodos menstruais)
- Dismenorreia (períodos menstruais dolorosos - cólicas)
- Infertilidade
- Menorragia
- Prolapso dos órgãos pélvicos
- Vaginites

Existe uma troca entre as áreas médicas. Por exemplo, uma mulher com incontinência urinária pode ser indicada para um urologista.


Neurocirurgia


Neurocirurgia é a especialidade médica que se ocupa do tratamento de adultos e crianças portadores de doenças do sistema nervoso central e periférico, assim como tumores, doenças vasculares, degenerativas, traumas crânio-encefálicos e lesões raqui-medulares passíveis de abordagem cirúrgica. Recentemente, também passou a tratar da substituição de órgãos sensoriais (olho e ouvido interno) disfuncionais por dispositivos artificiais.

Esta especialidade é certificada ao médico que realize um período de formação tutelada, variante segundo os países.

No Brasil, após o término regular do curso (faculdade) de medicina de seis anos, atualmente a Residência em Neurocirurgia compreende mais 5 anos de estudos com prática clínica e cirúrgica. Licenciado como médico, o interessado em cumprir o programa da residência médica para se tornar neurocirurgião, similar às outras especialidades médicas, deve realizar prova de acesso concorrendo com outros colegas médicos interessados e ser submetido à entrevista, pois as vagas são restritas a uma a quatro vagas em média na maioria dos serviços. As provas são anuais e costumam ser muito concorridas, semelhante a um segundo vestibular. O programa oficial de residência médica é definido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) em parceria com a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, que fornece o título de especialista, de comum acordo com a Associação Médica Brasileira. Pode ainda haver um 6º ano opcional dentro do programa da residência, de subespecialização.

Em Portugal, o internato consiste em 72 meses distribuídos do seguinte modo: 6 de Cirurgia Geral (o que inclui 3 de Traumatologia), 3 de Neurologia, 3 de Neuro-radiologia, 48 de Neurocirurgia, 3 de Otoneurocirurgia, 3 de Oftalmoneurocirurgia, 2 de Ortopedia, 2 de Cirurgia Plástica e 2 de Cirurgia Vascular. A avaliação (teórica, prática e curricular) é feita no fim de cada ano e do internato. Finalizado este período de formação, o médico adquire o grau de especialista.

Tanto as Sociedades Brasileira e Portuguesa de Neurocirurgia como a Academia Brasileira de Neurocirurgia e o Colégio de Especialidade de Neurocirurgia da Ordem dos Médicos portuguesa são reconhecidos pela World Federation of Neurosurgical Societies.

As cirurgias neurológicas compreendem as: 1- cranianas, 2- espinhais, 3- dos nervos periféricos.

As cirurgias do crânio envolvem em sua grande maioria apenas o segmento da parte intracraniana e seus envoltórios, mas eventualmente podem envolver estruturas circunvizinhas, assim como o ouvido, cavidades orbitárias, cavidades abaixo da base do crânio, por exemplo, fossa nasal, faringe, podendo servir como acesso ou área de interesse da patologia como nos casos de tumores que invadem a base do crânio e se estendem para outras regiões, alguns tumores de hipófise, etc...

A abertura do crânio é variável em tamanho, formato e região de interesse. Cabe ao neurocirurgião escolher estes importantes detalhes de acordo o quadro clínico de seu paciente. Pode ser um ou mais pequenos furos (trepanação/trepanações), uma abertura maior bastante variável em tamanho e contornos (craniotomia, onde um pedaço do osso é retirado temporariamente para o acesso)com formato poligonal, arredondado ou com um formato intermediário. Existe também a craniectomia, onde o retalho ósseo retirado não é colocado de volta, pelo menos não no momento da cirurgia devido vários motivos: inchaço cerebral grave, infecção óssea, estilhaçamento ósseo, etc. A correção da craniectomia se chama cranioplastia e é muito comum o uso de próteses para substituir o retalho ósseo,

Para acesso à região óssea do crânio a ser aberta o especialista também definirá como será aberto o couro cabeludo, musculatura local se houver, na região da ferida operatória. As aberturas do couro cabeludo geralmente são arqueadas ou tem formatos de ferradura, em ponto de interrogação, sinusóide e até retilíneas. Dentro da melhor técnica, o neurocirurgião deve procurar, entre outras preocupações mais importantes, preservar a estética do paciente, por exemplo, sempre que possível evitando fazer cortes na fronte (testa) do mesmo.

Um neurocirurgião pode:
- tratar traumatismos cranianos, encefálicos, espinhais e de nervos periféricos;
- tratar lesões vasculares intracranianas e suas consequências: aneurismas, mal-formações artério-venosas, hemorragia, hematoma;
- tratar tumores do encéfalo e da caixa óssea craniana, bem como tumores da coluna.
- tratar hidrocefalia (algumas vezes intra-útero), meningocele, meningomielocele, siringomielia
- tratar edema cerebral, abscessos, parasitoses cerebrais, cistos, etc...
- tratar deformações congênitas do crânio; afundamentos e falhas ósseas;
- tratar casos selecionados de Doença de Parkinson e outras condições que exijam inserção de eletrodos no sistema nervoso central;
- tratar casos selecionados de epilepsia de difícil controle medicamentoso;
- tratar dores crônicas diversas com procedimentos cirúrgicos;
- tratar hérnia de disco, estenoses, degenerações discais sintomáticas, listese vertebral, escolioses, fraturas por osteoporose, síndrome facetária, compressão radicular, etc...
- inserir e retirar próteses diversas do crânio e coluna espinhal.
- trabalhar como pesquisador, perito médico judicial, professor, desenvolver próteses, etc...

Os neurocirurgiões conseguem com a história clínica do paciente e exame físico compreender as alterações das partes chave e precisas que têm de ser operadas. Ferramentas como os Raios-X, TC ou CT (Tomografia Computadorizada), Ressonância Magnética, Cisternocintilografia, Eletroneuromiografia, e outros tipos de exames auxiliam secundariamente no raciocínio diagnóstico e a topografar o sítio anatômico do problema, bem como posteriormente definir a estratégia terapêutica mais apropriada.


Neurologia


Neurologia é a especialidade médica que trata dos distúrbios estruturais do sistema nervoso. Especificamente, ela lida com o diagnóstico e tratamento de todas as categorias de doenças que envolvem os sistemas nervoso central, periférico e autônomo, parassimpatico e Simpatico incluindo os seus revestimentos, vasos sanguíneos, e todos os tecidos efetores, como os músculos. O correspondente cirúrgico da especialidade é a neurocirurgia.

O neurologista, médico que se especializou em neurologia, é treinado para investigar, diagnosticar e tratar distúrbios neurológicos. O neuropediatra trata doenças neurológicas em crianças. Neurologistas também podem estar envolvidos na pesquisa clínica, ensaios clínicos, bem como em pesquisa de ciências básicas da medicina.

Grupos de doenças da neurologia
Entre as principais doenças abordadas pela especialidade podem-se citar:

- Distúrbios do sono
- Neuro-infecções
- Epilepsias
- Doenças vasculares encefálicas
- Neuropatias
- Mielopatias
- Traumatismo crânio-encefálico
- Doenças neurodegenerativas
- Distúrbios dos movimentos
- Síndrome de Guillain-Barré
- Deficiência mental e Malformações congênitas do Sistema Nervoso

Além das doenças mentais de base orgânica ou Neuropsicopatologias. O CID, na 10ª revisão divide as patologias do sistema nervoso em 10 grupos onde não se incluem os Transtornos mentais orgânicos, inclusive os sintomáticos (F00-F09) e Síndromes comportamentais associadas a disfunções fisiológicas e a fatores físicos (F50-F59); além do Retardo mental (F70-F79) e Transtornos do desenvolvimento psicológico (F80-F89).

Naturalmente esse é um sistema de classificação estatística com fins de análise epidemiológica e/ou de organização de serviços de saúde. Utilizam-se também outras classificações tipo o DSM - Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais pois a divisão entre transtornos mentais, psicológicos e cerebrais é uma divisão com fins didáticos e de organização do mercado de trabalho dos profissionais de saúde e não há como separar a forma da função de um órgão ou sistema orgânico.


Oftalmologia


A oftalmologia (grego: ophthalmós (olho) + logos (estudo): estudo do olho) é uma especialidade da medicina que estuda e trata as doenças relacionadas ao olho, à refração e aos olhos e seus anexos. O médico oftalmologista realiza cirurgias, prescreve tratamentos e correções para os distúrbios de visão. A oftalmologia tem várias sub-especialidades, entre elas a oftalmo-pediatria, a plástica ocular, doenças orbitárias, doenças das vias lacrimais, o estrabismo, o glaucoma, a cirurgia refrativa, retina,córnea, etc.

Etimologia
A palavra "oftalmologia" vem da raiz grega 'ophthalmos',literalmente significa "a ciência dos olhos". Como uma disciplina, aplica-se também aos olhos de animais, uma vez que as diferenças da prática humana são surpreendentemente menores e estão relacionadas principalmente a diferenças na anatomia ou prevalência, não as diferenças entre os processos da doença.

Visão geral
A oftalmologia, como parte da medicina e especialidade médica, é dedicada ao estudo, diagnóstico e tratamento de doenças e erros de refração apresentados pelo olho, oculística e oftalmiatria. Seu estudo envolve doenças como astigmatismo, ambliopia, catarata, degeneração macular, pterígio, toxoplasmose e tumores oculares.


Ortopedia e Traumatologia


A oftalmologia (grego: ophthalmós (olho) + logos (estudo): estudo do olho) é uma especialidade da medicina que estuda e trata as doenças relacionadas ao olho, à refração e aos olhos e seus anexos. O médico oftalmologista realiza cirurgias, prescreve tratamentos e correções para os distúrbios de visão. A oftalmologia tem várias sub-especialidades, entre elas a oftalmo-pediatria, a plástica ocular, doenças orbitárias, doenças das vias lacrimais, o estrabismo, o glaucoma, a cirurgia refrativa, retina,córnea, etc.

Etimologia
A palavra "oftalmologia" vem da raiz grega 'ophthalmos',literalmente significa "a ciência dos olhos". Como uma disciplina, aplica-se também aos olhos de animais, uma vez que as diferenças da prática humana são surpreendentemente menores e estão relacionadas principalmente a diferenças na anatomia ou prevalência, não as diferenças entre os processos da doença.

Visão geral
A oftalmologia, como parte da medicina e especialidade médica, é dedicada ao estudo, diagnóstico e tratamento de doenças e erros de refração apresentados pelo olho, oculística e oftalmiatria. Seu estudo envolve doenças como astigmatismo, ambliopia, catarata, degeneração macular, pterígio, toxoplasmose e tumores oculares.


Otorrinolaringologia


A Otorrinolaringologia é uma especialidade médica, clínica e cirúrgica, responsável pelo diagnóstico e tratamento das doenças da cabeça e do pescoço, especialmente, ouvido (oto), nariz (rhino) e garganta (laringo).

A principal função do otorrinolaringologista (ou, para abreviar, 'otorrino') é a de cuidar da audição, da respiração, da voz (englobando as cordas vocais), da garganta e de tudo que estiver relacionado a isso, como o sono e as alergias das vias respiratórias.

Os sinais e sintomas mais comuns das doenças tratadas pelos otorrinos são:
- Nariz entupido
- Dor de cabeça
- Dor na face
- Secreção nasal
- Sangramento nasal
- Dificuldade auditiva/surdez
- Zumbido
- Tontura
- Secreção no ouvido
- Sangramento no ouvido
- Dor de ouvido
- Dor e infecção de garganta
- Rouquidão (disfonia)
- Pigarro
- Tosse
- Roncos e apnéia

A avaliação clínica do Otorrinolaringologista (Otorrino) é muito importante para o correto diagnóstico e tratamento dessas afecções. O tratamento pode ser tanto cirúrgico quanto clínico, dependendo de cada caso especificamente.

As principais doenças são:
- Rinites
- Sinusites
- Desvio do septo nasal
- Polipose nasal
- Distúrbios do sono (apnéia)
- Surdez
- Otites
- Perfuração do tímpano
- Distúrbios do labirinto, labirintites
- Amigdalite/faringite
- Adenóides e amigdalas aumentadas
- Paralisia facial
- Distúrbios da deglutição
- Alterações das pregas vocais

Quando procurar um otorrino?

Geralmente o profissional é procurado após indicação de um outro médico, na maioria das vezes um clínico-geral ou pediatra. Mas o paciente pode e deve procurar o otorrino, sempre que perceber que está com problemas relacionados aos ouvidos, nariz e garganta.

O otorrinolaringologista acompanha o indivíduo desde o nascimento até a velhice, tratando das principais doenças que acometem cada fase da vida. Na infância as otites e amigdalites são mais frequentes, na idade adulta, as rinite, sinusites, rouquidão e nos idosos, a surdez e os distúrbios do equilíbrio.


Pediatria


A Pediatria constitui-se em uma especialidade da Medicina que estuda, trata e acompanha o ser humano desde o nascimento até a adolescência, ou ainda antes dele, na fase perinatal, quando há necessidade da intervenção pediátrica.


Pneumologia


Pneumologia é a especialidade médica a qual é responsável pelo tratamento das patologias das vias aéreas inferiores. O profissional habilitado para atuar na mesma é denominado "pneumologista".

Entre as doenças sob enfoque da pneumologia encontram-se Apnéia Obstrutiva do Sono, Asma, Doença Pulmonar Obstrutiva crônica (DPOC), Pneumonias em suas variadas etiologias, Deficiência de Alfa-1-antitripsina (DAAT), Fibrose Cística, Tuberculose, Micoses Pulmonares, Doenças Pulmonares Interticiais, Transtornos vasculares dos pulmões, Doenças auto-imunes com comprometimento pulmonar e as Pneumoconioses.

Além da avaliação clínica, os Pneumologistas são habilitados para a realização de exame espirométrico (ou espirometria) de broncoscopia.


Pronto Socorro Geral


Unidade destinada à prestação de assistência a pacientes com ou sem risco de vida, cujos agravos necessitam de atendimento imediato.


Radiologia


Radiologia é o ramo ou especialidade da medicina que utiliza as radiações para a realização de diagnósticos controlo e tratamento de doenças. Ela permite a visualização de ossos, órgãos ou estruturas através do uso de radiações (sonoras, eletromagnéticas ou corpusculares), gerando desta maneira uma imagem. Nas últimas décadas foram acrescentados novos métodos de imagem como a tomografia computadorizada, a mamografia, a ultrassonografia e a ressonância magnética nuclear. Esses novos equipamentos e muitos outros avanços vieram a contribuir para tornar essa área ainda mais interessante.

História

Ao final do século 19, mais precismente ao cair da noite de uma sexta-feira, 8 de novembro de 1895, o Professor físico alemão, Wilhelm Conrad Röntgen, quando trabalhava em seu laboratório na Baviera, sul da Alemanha, estudando o tubo de raios catódicos, descobriu acidentalmente os raios x.

Observando a fluorescência emanada de uma placa de papelão recoberta com platinocianeto de bário, na sala escura, este professor, aos cinquenta anos de idade, investigador brilhante, perfeccionista e astuto, fez uma das mais importantes descobertas científicas da humanidade.

Voltando a Wurzburg em 1888, após ter lecionado física em Estrasburgo, matemática em Hohenhein, física em Giessem, sentia-se realizado, pois esta mesma Universidade que agora o convidava para a direção do Instituto de Física, havia lhe negado a livre docência 16 anos antes.

As descargas elétricas em tubos de gás eram o grande tema das pesquisas da época e reservou, no novo prédio do Instituto que dirigia, duas salas ao fundo do grande saguão de entrada, com janelas dando para os jardins, para suas experiências neste campo. Para lá foram levados, em outubro de 1888, uma bobina de Rumkorff, uma bomba vácuo, tubos Hittorff-Crookes, tubos Lenard, enfim, o equipamento necessário para este tipo de pesquisa.

A passagem da corrente de alta tensão através dos tubos Hittorff-Crokes causava uma luminescência muito intensa no interior do tubo e como pretendia testar a fluorescência do platinocianeto de bário que era muito fraca, cobriu cuidadosamente o tubo com papelão preto de tal maneira que a luminosidade do tubo não impedisse a visualização de outros fenômenos. Ao escurecer a sala para verificar se o tubo estava bem impermeável à luz e ligando a bobina de Rumkorff que fornecia a alta tensão para o tubo, notou uma tênue fluorescência sobre a bancada a quase um metro de distância. Como o tubo estava altamente recoberto com papel preto aquela luz não podia ser devida a reflexos e sim, que a placa de substância fluorescente emitia luz porque estava sendo atingida por algum tipo desconhecido de radiação, que originando-se no interior do tubo atravessava o invólucro opaco à luz e causava aquela fluorescência. Raios catódicos que atravessavam uma finíssima lâmina de alumínio nos tubos Lenard também produziam já se sabia, fluorescência no écran de platinocianeto de bário, porém apenas a alguns centímetros do tubo e jamais àquela distância agora notada.

Fascinado por esta observação passou todo o fim de semana trancado no laboratório onde comia e dormia, e no qual, em experimentos com o material que dispunha à mão, investigou a capacidade destes raios de penetrar em corpos opacos à luz interpondo entre o tubo e a placa praticamente o que pudesse encontrar.

Sabendo que os raios catódicos sensibilizavam filmes fotográficos, investigou para saber se estes raios, que ele agora descobria, também tinham esta propriedade. Pedaços de diferentes metais, livros, pesos de balança, sua espingarda de caça, foram um a um radiografados então.

Havendo notando que enquanto segurava os objetos entre o tubo e écran de platinocianeto de bário tinha visto a imagem dos ossos de sua mão, Rontgen decidiu investigar sobre este assunto para isto convenceu D. Bertha, sua esposa, a colocar a mão sobre um filme fotográfico em chassi de papel e ligou o tubo durante 15 minutos. O filme revelado mostrou claramente a imagem dos ossos e uma nova era na ciência estava inaugurada.

Ciente da importância de sua descoberta, que ele chamou de raios X por não saber realmente do que es tratava, sendo X a incógnita da matemática, Prof. Röntgen passou os últimos dias de dezembro a redigir o artigo que submeteu ao Secretário da Sociedade Físico-Médica de Wurzburg, solicitando sua publicação no SITZUNGSBERICHTE da Sociedade, embora não tivesse o trabalho sido apresentado em uma das reuniões da Sociedade. Assim foi feito e no exemplar de dezembro de 1895 daquela revista saiu publicado o "EINE NEURE ART VON STRAHLEN" (sobre uma nova espécie de raios).

Suas experiências e observações e relata que:
- Os raios X atravessam corpos opacos à luz;
- Provocam fluorescência em certos materiais;
- A radiopacidade dos corpos é proporcional à sua densidade e para aqueles de mesma densidade, à espessura;
- São invisíveis;
- Não são refratários, nem refletíveis, nem podem ser focalizados por lentes;
- Não são defletidos por campos magnéticos;
- Os raios X originam-se do ponto de impacto dos raios catódicos no vidro do tubo de gás;
- Os raios X propagam-se em linha reta;
- Não sofrem polarização.

Por este trabalho recebeu em 1901 o primeiro Prêmio Nobel de Física.

Mais de vinte e cinco anos se passaram antes que novas características destes raios fossem descobertas.

Após a comunicação nos meios científicos, centenas de trabalhos foram publicados apenas no primeiro ano após a descoberta, mesmo porque os laboratórios de física da época estavam equipados para produzi-los.

Cerca de 20 dias após a comunicação de Röntgen, Dr. Otto Walkhoff, de Braunschweig, Alemanha, fez a primeira radiografia dental. Esta foi conseguida usando uma placa de vidro com emulsão fotográfica, envolvida em papel preto e lençol de borracha. A radiografia foi tomada de sua própria boca com um tempo de exposição de 25 minutos.


Urologia


Urologia é uma especialidade cirúrgica da medicina que trata do trato urinário de homens e de mulheres e do sistema reprodutor dos homens. Os médicos que possuem especialização nesta área são os urologistas, sendo treinados para diagnosticar, tratar e acompanhar pacientes com distúrbios urológicos. Os órgãos estudados pelos urologistas incluem os rins, ureteres, bexiga urinária, uretra e os órgãos do sistema reprodutor masculino (testículos, epidídimos, ducto deferente, vesículas seminais, próstata e pênis). As adrenais acabaram entrando na especialidade devido ao aspecto cirúrgico das doenças tumorais das supra-renais. Quando tem indicação cirúrgica de tumor de supra-renal o endocrinologista encaminha para o urologista.

Nos homens, o sistema urinário está integrado com o sistema reprodutor, ao passo que nas mulheres o trato urinário se abre na vulva. Em ambos os sexos, os tratos urinário e reprodutor estão próximos, o que faz com que os distúrbios de um trato geralmente afetem o outro. A urologia combina o acompanhamento de condições não-cirúrgicas como, por exemplo, infecções do trato urinário, e de condições cirúrgicas, como a correção de anomalias congênitas e o tratamento cirúrgico de cânceres. Estas anomalias na região genital são conhecidas como distúrbios geniturinários.


O Hospital São Lucas conta com profissionais de diversas especialidades, preparados para analisar caso a caso e atender seus pacientes com a máxima dedicação e cuidado.


Angiologia e Cirurgia Vascular


Cirurgia vascular é a especialidade médica que se ocupa do tratamento cirúrgico de doenças das artérias, veias e vasos linfáticos. Atua junto à Angiologia, especialidade responsável pelo estudo clínico dessas doenças.

A angiologia encarrega-se do estudo, diagnóstico e tratamento clínico das doenças vasculares. O tratamento clínico consiste em ações para promoção, prevenção, recuperação da saúde através de alterações dos hábitos de vida, medicamentos e exercícios físicos usualmente.

A cirurgia vascular atua no diagnóstico, estudo e tratamento cirúrgico das enfermidades dos vasos. O tratamento cirúrgico pode ser da forma convencional - cirurgia através de incisões - ou por dentro dos vasos cirurgia endovascular.

Até o ano de 2006 no Brasil as duas abordagens, clínica e cirúrgicas, eram realizadas por uma especialidade unificada que levava o nome de "Angiologia e Cirurgia Vascular" . Entretanto, após várias discussões com sociedades de especialidades médicas foi separada em duas especilidades distintas, através da resolução CFM Nº 1.763/05.

Em Portugal, o internato de Angiologia e Cirurgia Vascular compreende 72 meses de prática clínica e cirúrgica com avaliação final (teórica, prática e curricular).

Entre as doenças vasculares passíveis de tratamento cirúrgico pode-se citar:
- Oclusões arteriais - Causadas geralmente por trombos ou placas ateromatosas
- Aneurismas - Dilatações arteriais
- Varizes - Dilatações venosas
- Anastomoses de artérias e veias - Para tratamento dos traumas vasculares

Também a confecção de fístula artério-venosa para realização de hemodiálise em pacientes portadores de insuficiência renal crônica em geral é conduzida por cirurgião vascular.


Cirurgia Bucomaxilofacial


Cirurgia bucomaxilofacial ou, mais corretamente, cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial é uma especialidade odontológica que trata cirurgicamente as doenças da cavidade bucal, face e pescoço, tais como: traumatismos e deformidades faciais (congênitos ou adquiridos), traumas e deformidades dos maxilares e da mandíbula, envolvendo a região compreendida entre o osso hioide e o supercílio de baixo para cima, e do tragus a pirâmide nasal, de trás para diante.

Dentre as doenças existem os tumores benignos e malignos, os cistos dos maxilares, as provocadas por fungos, vírus, e manifestações associadas a doenças sistêmicas como AIDS, tuberculose, sífilis entre outras. As deformidades faciais são compreendidas desde as sequelas de doenças como o câncer, os traumas severos, ou distúrbios do desenvolvimento, como as síndromes ou alterações do desenvolvimento como o prognatismo (aumento dos maxilares), micrognatismo (diminuição dos maxilares) ou a combinação delas.

Hipócrates já mencionava lesões da boca e efetuava certos tratamentos desde a dor de dentes ao tratamento de fraturas na face. Existem registros de reduções de fraturas da face, rudimentares porém eficientes, e estes princípios foram utilizados como base para os tratamentos atuais. A cirurgia bucomaxilofacial é de âmbito ambulatorial ou hospitalar. Nos ambulatórios ou consultórios são exercidas cirurgias menores, na sua grande maioria sob anestesia local, onde são por exemplo removidos dentes inclusos, pequenos tumores benignos, cistos, lesões periapicais ou paradentais, implantes dentários, cirurgias para adaptações protéticas entre outras. As cirurgias de grande porte são realizadas sob anestesia geral em ambiente hospitalar e demandam maiores cuidados. São as cirurgias de grandes tumores, fraturas faciais, cirurgias ortognáticas entre outras. Na atualidade em que aumenta assustadoramente o número de casos de traumatismos faciais, em que a sobrevida do paciente após o trauma inicial tem sido assegurada com maior constância,é mais que necessário um serviço da especialidade no município.

Dentistas generalista e especialistas em cirurgia oral e maxilofacial

A cirurgia realizada no consultório por dentistas generalistas, em geral, é muito menos extensa que as praticadas por especialistas em cirurgia bucal e maxilofacial.

O alcance da cirurgia bucal e maxilofacial para os dentistas generalistas é definido por vários fatores. O desejo do dentista em realizar procedimentos cirúrgicos é o primeiro. Alguns dentistas têm pouco ou nenhum interesse na realização de procedimentos cirúrgicos, ao passo que outros apreciam isso.O segundo fator é a experiência e o treinamento do dentista na realização de procedimentos cirúrgicos complexos. Um dentista deve estar interessado na realização de cirurgia para a remoção de dentes impactados ou inclusos; porém, sem treinamento e experiência cirúrgicos adequados e sem habilidade na realização de procedimentos anestésicos avançados, não seria prudente realizar a cirurgia. O terceiro fator determinante do alcance da prática cirúrgica do dentista é o nível de habilidade manual desse dentista. Mesmo com um alto interesse e extensivo treinamento, um dentista que tenha pouca ou nenhuma habilidade manual na área cirúrgica ou perdeu a habilidade por não praticar por um período de tempo não deve realizar procedimentos cirúrgicos complexos. Por outro lado, com um alto nível de interesse, treinamento extensivo e suficiente habilidade manual, o dentista generalista pode considerar, seriamente, a realização de procedimentos cirúrgicos mais complexos. O quarto e último fator é a disponibilidade de especialistas na vizinhança do dentista generalista. Se especialistas em cirurgia bucal e maxilofacial estão geograficamente separados por uma grande distância do dentista generalista, este poderá tentar realizar mais procedimentos cirúrgicos e cirurgias de maior complexidade que se existissem especialistas relativamente por perto.

É importante notar que a realização da prática de cirurgia bucal e maxilofacial para o dentista generalista não é, normalmente, definida por lei. A maioria dos conselhos de Odontologia estaduais emite uma licença única para a prática da Odontologia, tanto para os dentistas generalistas quanto para os especialistas. O dentista generalista tem o direito legal de realizar qualquer procedimento cirúrgico bucal e maxilofacial. Assim, cada dentista deve decidir que procedimentos cirúrgicos deverão realizar e quais devem ser indicados ao especialista, tendo-se em mente que sempre se deve propor o melhor para o paciente. Os fatores listados previamente são aqueles que determinam se tais decisões devem ser feitas.

O objetivo da cirurgia oral e maxilofacial para os dentistas generalistas inclui vários procedimentos cirúrgicos. A exodontia de dentes erupcionados e a remoção de raízes fraturadas são os procedimentos mais comumente realizados. Ao término do curso de graduação em Odontologia, cada dentista deve ter treinamento, experiência e habilidade adequados para exercer essas atividades. O dentista deve ser capaz de realizar procedimentos cirúrgicos pré-protéticos menores, que incluem a maioria dos procedimentos que podem ser realizados com anestesia local no ambulatório. O dentista deve ser capaz de lidar com infecções menores de dentes e de tecidos moles orais. Uma vez que a maioria das infecções odontogênicas é de pequeno porte, o dentista generalista razoavelmente experiente pode solucioná-las. O dentista deve ser capaz de avaliar o paciente com uma lesão patológica oral e determinar se uma biópsia é necessária. Em muitas situações, o dentista deve realizar a biópsia. Finalmente, o dentista generalista deve ter facilidade na resolução de lesões traumáticas dos dentes e tecidos moles adjacentes. Em muitos casos, o tratamento definitivo deve ser dado pelo especialista, mas o cuidado inicial, em geral, pode ser dado pelo dentista generalista.

O especialista em cirurgia bucal e maxilofacial é um dentista que obteve treinamento prévio em cirurgia bucal e maxilofacial por quatro anos ou mais após o término da graduação em Odontologia. Durante esse período, o dentista obteve extensa experiência em procedimentos cirúrgicos e médicos complexos e recebeu treinamento e experiência extensos no diagnóstico e nos procedimentos cirúrgicos de dentes impactados, assim como experiência com técnicas de exodontia em pacientes com comprometimento sistêmico severo. A aquisição de conhecimentos e de habilidade nos métodos de controle de dor avançados e complexos, incluindo sedação intravenosa e anestesia geral ambulatorial, é importante no treinamento dos cirurgiões orais e maxilofaciais. Adicionalmente, o cirurgião oral e maxilofacial recebe extenso treinamento e experiência na avaliação total e tratamento definitivo do paciente traumatizado, tratamento de infecções odontogênicas extensas da cabeça e do pescoço, tratamento de lesões patológicas bucais e maxilofaciais (como cistos e tumores dos maxilares), diagnóstico e tratamento das deformidades dentofaciais (congênitas, de desenvolvimento ou adquiridas), cirurgia pré-protética maxilofacial complexa (incluindo a utilização de implantes dentários), reconstrução com enxertos ósseos de áreas ausentes dos maxilares e o tratamento da dor facial e dos distúrbios da articulação temporomandibular.

Habilidades e funções

A cirurgia não requer somente habilidades técnicas; esta é uma disciplina complexa que inclui muitos fatores. A habilidade manual cirúrgica é a parte técnica da atividade cirúrgica total e equivale a menos de um terço da habilidade do cirurgião. O julgamento cirúrgico é a sabedoria em tomar decisões sobre a necessidade de cirurgia e de como lidar com pacientes durante um procedimento cirúrgico. Mais importante, a disciplina de cirurgia inclui o diagnóstico do problema cirúrgico; a preparação do paciente, tanto psicológico quanto fisiologicamente, para o procedimento; a duração da cirurgia para o benefício máximo do paciente, o ajuste e a modificação de procedimentos cirúrgicos padronizados para se adaptar às necessidades de cada paciente; e, finalmente, o cuidado pós-operatório de suporte que é essencial para a recuperação tranquila após o procedimento cirúrgico.

Para ser excelente, um cirurgião deve ser tecnicamente habilidoso, mas deve ter, também, fortes componentes de humanismo, gentileza, humildade e compaixão. É importante que tenha compreensão das preocupações dos pacientes relacionadas com os procedimentos cirúrgicos que serão realizados. O cirurgião deve tomar como vantagem essa compreensão e projetar uma imagem de cuidado com essas preocupações, que todos os pacientes têm. Essa abordagem humanística será o fator mais importante no julgamento pelo paciente da habilidade geral do cirurgião. O excelente cirurgião deve ter bom julgamento cirúrgico, que corresponde tanto à maturidade quanto à experiência cirúrgica. Finalmente, o cirurgião deve ter um grande respeito pelo tecido mole, assim como pelo tecido duro.

Os cirurgiões que têm pouco respeito pelos tecidos farão com que os pacientes tenham maior tempo de recuperação e uma incidência maior de complicações. Um excelente cirurgião deve saber quando operar, onde realizar a cirurgia anatomicamente e como realizar o procedimento tecnicamente. Da mesma importância, o cirurgião, tanto um generalista quanto um especialista, deve saber quando não operar. No início do treinamento do cirurgião, este deve observar os professores para que tenha exemplos de maturidade cirúrgica. Deve, ainda, observar os professores que enfatizam o detalhe cirúrgico, em vez da força cirúrgica e, também, como os cirurgiões, sendo outros estudantes ou professores, ajudam pacientes ansiosos, durante um procedimento cirúrgico, por meio da expressão da preocupação e do interesse pelo paciente como pessoa, observando, inclusive, como eles realizam a parte técnica da cirurgia.


Cirurgia Cardíaca


Cirurgia cardiovascular é a subespecialidade médica que se ocupa do tratamento cirúrgico das doenças que acometem o coração.

Dentre as cirurgias mais realizadas está a revascularização miocárdica onde o cirurgião tenta refazer a circulação de um território do músculo cardíaco que está sendo mal perfundido devido uma obstrução coronariana. Em geral utiliza-se enxertos da veia safena ou artéria mamária, que é uma artéria que perfunde a região do osso esterno.

Outras cirurgias comumente realizadas são as que visam correção das doenças que acometem as valvas cardíacas e a artéria aorta.

Em muitas cirurgias cardíacas há necessidade de parada total do coração. Nesse momento estabelece-se a circulação extracorpórea (CEC) e todo o movimento sanguíneo, bem como a oxigenação do mesmo se dá por aparelhos.

Em Portugal, a Cirurgia Cardíaca faz parte da Cirurgia Cardio-torácica, cuja residência compreende 72 meses de prática clínica e cirúrgica com avaliação final (teórica, prática e curricular).

Recentemente, com incorporação de tecnologias de vanguarda, a especialidade tem vivido grandes transformações devido a possibilidade de intervenções minimamente invasivas com auxílio de videoendoscopia torácica além da utilização de robos com sistemas de inteligência integrados. Tais avanços adicionam valor aos stakeholders por diminuir tempo de internação, retorno precoce as atividades e menor morbi-mortalidade se bem indicados os procedimentos.


Cirurgia da Mão


Cirurgia da mão é uma especialidade médica que se ocupa da prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação das patologias que acometem as mãos.

A História da Especialidade

Durante a Segunda Guerra Mundial percebeu-se a necessidade de um profissional que dominasse a anatomia do membro superior e conhecesse técnicas da Ortopedia, Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular e Neurocirurgia para cuidar das mãos dos feridos. Motivada por essa necessidade, foi fundada a Sociedade Americana de Cirurgia da Mão em 1946. A Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão foi criada em 1959 e em 1983 a Cirurgia da Mão tornou-se especialidade médica no Brasil.

A Formação do Especialista

Além dos seis anos de faculdade de medicina em regime quase integral, o Cirurgião da Mão necessita de 5 a 7 anos de especialização para sua formação. Estão qualificados para realizar o exame de título da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM) os Ortopedistas ou Cirurgiões Plásticos que cursarem Residência Médica de Cirurgia da Mão (com duração de dois anos) nos locais credenciados pela sociedade.

As Áreas de Atuação do Especialista

O campo de atuação do Cirurgião de Mão é bastante amplo e incluiu a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de diversos tipos de lesões: congênitas, cutâneas, tendíneas, ósseas, neurológicas, vasculares, tumorais, degenerativas, infecciosas, inflamatórias, reumatológicas, síndromes dolorosas, doenças profissionais e esportivas.

A mão é um órgão sensitivo-motor que possui 37 articulações interligadas como engrenagens de um relógio, que apesar de pequenas, são fortes e precisas. Além dos componentes ósseos e cartilaginosos, a mão é provida de inúmeros ligamentos, músculos, nervos e tendões que também estão sujeitos a traumas graves e diversos tipos de doenças. O minucioso conhecimento da anatomia e do funcionamento de todas estas estruturas é necessário para o diagnóstico e tratamento das lesões.

O Cirurgião da Mão está apto para atuar em todo o membro superior, incluindo problemas que acometam os ombros, cotovelos, antebraços, punhos e mãos. No entanto, com o desenvolvimento de uma área de atuação da ortopedia: a Cirurgia de Ombro e Cotovelo, o Cirurgião da Mão têm atuado menos nas doenças dos ombros.

Por atuar na exploração dos nervos periféricos – estruturas que dão a função sensitiva e motora para os quarto membros, esse especialista também atua nos membros inferiores. Os reimplantes e retalhos microcirúrgicos também podem ser executados nos quatro membros.

Para o Cirurgião de Mão realizar uma microcirurgia, métodos de magnificação das imagens são utilizados, como o uso de lupas ou microscópios. Instrumentais especiais (e geralmente caros) também são utilizados para manipulação dessas pequenas estruturas como vasos e nervos. Quando em uso do microscópio, mínimos movimentos de suas mãos podem ser convertidos em movimentos rápidos ou bruscos demais e até a respiração tem que ser controlada, para se evitar tremores. Mesmo trabalhando com esta dificuldade óptica, o cirurgião tem que ser eficiente e rápido.

Algumas microcirurgias duram dez a doze horas, em decorrência da complexidade das mesmas. Se após uma difícil sutura de um vaso, o microcirurgião perceber que o sangue está circulando de forma precária, todo o trabalho é desfeito e novamente refeito, até que fique praticamente perfeito. O Cirurgião de Mão tem que ser persistente, principalmente nos dias de cansaço ou sono perdido.

A Importância da Especialidade

O homem moderno é bastante dependente das atividades manuais para escrever, digitar, expressar-se através da música, pintura, artesanato, para cuidar de si, locomover-se e trabalhar. Todas estas atividades expõem as mãos a traumatismos, daí o motivo pelo qual a mão e punho serem a parte do corpo com a maior frequência de atendimentos nos prontos-socorros. Um estudo realizado por Michno em um período de 14 anos mostrou que 49% das fraturas atendidas em Pronto Socorro ocorreram em mãos ou antebraços.

Vivemos uma verdadeira epidemia de traumas, seja através dos acidentes de trânsito, violência ou acidentes de trabalho. Furtado e colaboradores publicaram o perfil dos atendimentos de uma emergência em Recife no ano de 2001 e os atendimentos ortopédicos ficaram em primeiro lugar (36,1%), seguidos pela Clinica Médica (25%) e Clínica Cirúrgica (15%).

Considerando apenas as fraturas expostas, um estudo realizado no interior de São Paulo apontou uma incidência de 38,2% para as fraturas de antebraço e mão, fazendo frente às fraturas de tibia (36%), bastante prevalentes nos acidentes motociclísticos.

Com relação aos acidentes de trabalho, no último Anuário Estatístico do Ministério da Previdência Social disponível para consulta na internet - referente a 2011, consta que os ferimentos e fraturas do punho e da mão são as duas primeiras causas de afastamento do trabalho, com 17,2% do total de casos. A parte do corpo com maior incidência de acidentes de trabalho de motivo típico foi a mão, com 39,2% dos casos.

O Ministério da Saúde emitiu em 18 de setembro de 1998, a portaria nº 3642, que determina que no “sistema estadual de referência hospitalar em atendimento de urgências e emergências, exista especialista em Cirurgia da Mão, de acordo com a disponibilidade de cada Estado”. Esta portaria é um reconhecimento da necessidade desta especialidade para o primeiro atendimento dos traumas de mão.

Progressivamente, a classe médica e a sociedade brasileira estão conhecendo a especialidade, e a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão tem um papel muito importante neste processo de divulgação.


Cirurgia Geral


Cirurgia geral é a especialidade médica cuja área de atuação compreende: Cirurgia Abdominal, Cirurgia videolaparoscópica e Cirurgia do trauma. Esta especialidade médica ocupa-se do estudo dos mecanismo fisiopatológicos, diagnóstico e tratamento de enfermidades passíveis de abordagem por procedimentos cirúrgicos.[1] A residência médica em Cirurgia Geral é pré-requisito para várias outras especialidades cirúrgicas. Recentemente a Associação Médica Brasileira e o CFM reconheceram a Cirurgia Geral como especialidade e não apenas sendo pré-requisito para outras especialidades. Assim, atualmente o Cirurgião Geral é aquele habilitado e treinado para resolução das afecções cirúrgicas mais comuns, além de se dedicar à laparoscopía e a cirurgia do trauma.

Em Portugal, o internato consiste em 72 meses distribuídos do seguinte modo: 48 de Cirurgia Geral - o que inclui 12 de Cirurgia Cervical (do Pescoço); 3 de Traumatologia, 3 de Cirurgia Pediátrica, 3 de Cirurgia Plástica, 3 de Ortopedia, 2 de Cirurgia Maxilo-Facial, 2 de Cirurgia Cardiotorácica, 2 de Cirurgia Vascular, 2 de Neurocirurgia, 2 de Ginecologia e 2 de Urologia. A avaliação (teórica, prática e curricular) é feita no final de cada ano e do internato. Finalizado este período de formação, o médico adquire o grau de especialista. [2] No Brasil, a duração é de 2 anos de curso sendo o terceiro opcional para a obtenção de maiores conhecimentos.


Cirurgia Plástica Reparadora


A cirurgia plástica tem por objetivo a reconstituição de uma parte do corpo humano por razões médicas ou estéticas.

A cirurgia plástica se desenvolve sob duas facetas: a cirurgia plástica reparadora e a cirurgia plástica estética.

A cirurgia plástica reparadora tem como objetivo corrigir lesões deformantes, defeitos congênitos ou adquiridos. É considerada tão necessária quanto qualquer outra intervenção cirúrgica.

A cirurgia plástica estética é aquela realizada pelo paciente com o objetivo de realizar melhoras à sua aparência. A pessoa quando se submete a tal intervenção cirúrgica não a faz com intenção ou propósito de obter alguma melhora em seu estado de saúde, mas sim para melhorar algum aspecto físico que não lhe agrada, ou seja, corrigir uma deformidade que ela adquiriu ao nascimento por exemplo, como uma orelha proeminente ou em abano, outro caso como uma mama flácida que pode lhe dificultar um relacionamento afetivo. Situações que não lhe causam prejuízo da ordem funcional, mas sim de ordem psicológica. Atualmente, as duas cirurgias plásticas estéticas mais realizadas no Brasil são a lipoaspiração e o implante de prótese de silicone nos seios[carece de fontes].

Formação e reconhecimento

Esta especialidade é certificada ao médico que realiza um período de formação tutelada, variante segundo os países. No Brasil, a residência em Cirurgia Plástica compreende 2 anos de Cirurgia Geral, seguidos de 3 anos de Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética num programa de 60 horas semanais. Em Portugal, o internato consiste em 72 meses (num programa de 40 horas semanais) distribuídos do seguinte modo: 12 de Cirurgia Geral, 48 de Cirurgia Plástica Reconstrutiva (iniciação técnica, incluindo microcirúrgica - 1M; lesões cutâneas e queimaduras - 5M; reconstrução traumatológica - 6M; deformidades congénitas e oncológicas - 9M; cirurgia plástica da mama e da obesidade - 6M; cirurgia da mão e plexo braquial - 4M; cirurgia plástica de tórax e abdômen - 2M; cirurgia de rejuvenescimento facial - 6M; cirurgia plástica de órgãos sexuais externos - 3M; cirurgia craniofacial - 6M), 6 de cirurgia estética, 6 de estágios opcionais fora do serviço de formação (o que pode incluir clínica estrangeira protocolada). A avaliação (teórica, prática e curricular) é feita no final de cada ano e do internato. Finalizado este período de formação, o médico adquire o grau de especialista.

Em ambos os casos, a carga horária poderá ser acrescida de mais clínica emergencial (sobretudo no caso brasileiro) ou electiva privada (sobretudo no caso português), o que torna a formação humanamente muito absorvente e desgastante.

Entretanto no Brasil não é obrigatória a participação na sociedade médica específica, nem mesmo ter o titulo de especialista para exercer a atividade. Vários cirurgiões que executam atos plásticos, não fazem nem farão parte da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica pois esta só permite a admissão após 3 anos de residência ou especialização médica comprovada por entidade reconhecida como idónea. Em Portugal alguns médicos não reconhecidos como especialistas também produzem atos de cirurgia plástica (sobretudo estética). Aliás, qualquer inscrito na Ordem dos Médicos portuguesa está autorizado a executar qualquer ato médico, não devendo porém ultrapassar os seus limites e competências. Portanto, se tais médicos não reconhecidos como especialistas forem alvejados por processos judiciais da parte de pacientes (por ventura insatisfeitos), mesmo sem qualquer erro, negligência ou insucesso comprovados, não serão defendidos e sim disciplinarmente processados também pela Ordem dos Médicos.

Cirurgia plástica em ex-obesos

Com o crescente número de pacientes que se submetem a gastroplastia redutora, consequentemente cresce o número de cirurgias plásticas em ex-obesos. Após doze meses da cirurgia, o paciente apresenta considerável excesso de pele, devido à redução de peso. As cirurgias plásticas são necessárias para a remoção desse excesso de pele — que, em alguns casos, são consideradas como cirurgias higiênicas. A mais comum das cirurgias plásticas em ex-obesos é a abdominoplastia, seguida da mastopexia (com ou sem implante de silicone) e dos liftings crural, toracobraquial e cervicofacial. O objetivo maior dessas cirurgias é a remoção dos últimos vestígios da obesidade, para proporcionar ao paciente melhora de sua autoestima e, consequentemente, de sua qualidade de vida.


Cirurgia Torácica


Cirurgia torácica é a especialidade médica que se ocupa do tratamento de patologias pulmonares e torácicas passíveis de abordagem cirúrgica à exceção das que acometem o coração e grandes vasos.

Esta especialidade é certificada ao médico que realize um período de formação tutelada, variante segundo os países. Em Portugal, o internato de Cirurgia Cardio-torácica compreende 72 meses de prática clínica e cirúrgica com avaliação final (teórica, prática e curricular). No Brasil a residência médica em cirurgia torácica tem a duração de 2 anos obrigatórios com um terceiro ano opcional e tem como pré-requisito obrigatório 2 anos de residência médica em cirurgia geral.

Exemplos de procedimentos cirúrgicos

- Traqueostomia
- Simpatectomia
- Lobectomia
- Segmentectomia
- Transplante pulmonar
- Drenagem da cavidade Pleural
- Cirurgia das deformidades da parede torácica anterior

Exemplos de procedimentos cirúrgicos com uso de equipamentos

- Broncoscopia rígida
- Broncofibroscopia
- Mediastinoscopia
- Toracoscopia ou Pleuroscopia
- Cirurgia torácica vídeo-assistida

Exemplos de órteses ou próteses usadas na Cirurgia torácica - Molde traqueal

- Sistema coletor de drenagem pleural ou mediastinal
- Sistema de aspiração contínua
- Dreno torácico


Clínica Médica


A Clínica Médica é a especialidade da Medicina focada no diagnóstico e tratamento clínico das patologias em adultos, ou seja, sem cirurgia. O médico desta especialidade é responsável por avaliar o paciente de maneira completa e está apto a resolver a maioria das enfermidades, além de gerenciar o cuidado do paciente indicando o especialista adequado, caso haja necessidade.


Dermatologia


Dermatologia é a especialidade médica que se ocupa do diagnóstico e tratamento clínico-cirúrgico das doenças que acometem o maior órgão do corpo humano – a pele, tendo em média 2 metros quadrados de área em um indivíduo adulto. A especialidade engloba ainda as doenças que acometem os anexos cutâneos: cabelos e unhas, bem como as mucosas (ex: boca e genitais). Outra denominação é a dermatovenerologia já que a especialidade tem importante atuação no contexto das doenças sexualmente transmissíveis (doenças venéreas).

A história da Dermatologia moderna começa na Europa, entre século XV e XVI, onde clínicos começam a se interessar por problemas cutâneos. O primeiro livro-texto de Dermatologia foi escrito em 1797, pelo doutor Robert Willian. De fato, aos poucos a Medicina começou a salientar a importância da pele, não apenas como um invólucro, mas o maior órgão do ser humano.

A Dermatologia atua em todos os processos fisopatológicos que envolvem a pele: desde simples infecções, reações auto-imunes e inflamatórias, e tumores. A hansenologia é outra importante área de atuação da dermatologia. Por lidar com a pele, a dermatologia é a especialidade médica mais indicada para atuação em cosmiatria. Atualmente, o Dermatologista formado pode realizar subespecialização em Dermocosmiatria, onde o estudo e aplicação no campo da cosmiatría é o centro de ação desse profissional. Outro destaque é a Cirurgia Dermatológica que é uma subespecialidade da Dermatologia, onde o profissional médico se gabarita a realizar procedimentos cirúrgicos de maior complexidade da pele e seus anexos (unhas, cabelos, glândulas, etc).

Formação e Reconhecimento

Esta especialidade é certificada ao médico que realize um período de formação tutelada, variável segundo os países. No Brasil, a residência consiste em 3 anos de Dermatologia. Em Portugal, o internato compreende 60 meses distribuídos do seguinte modo: 6 de Medicina Interna, 3 de Pequena Cirurgia, 39 de Dermatovenerologia Clínica e Cirúrgica, 4 de Cirurgia Plástica, 2 de Anatomia Patológica, 3 de Infecciologia e 3 de Imunoalergologia. A avaliação (teórica, prática e curricular) é feita no final de cada ano e do internato.

O acesso à formação é dos mais competitivos em ambos os países. Tal como para todas as outras especialidades, anualmente em Portugal, os médicos escolhem-na por seriação baseada numa prova de conhecimentos de um concurso público.

São especialistas em Dermatologia no Brasil, os médicos registrados nesta especialidade junto ao Conselho Federal de Medicina(CFM). São especialistas em Portugal os clínicos reconhecidos pela Ordem dos Médicos como tal.

No Brasil, a Dermatologia é representada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, sendo composta por quase 7 mil associados, representando a 2ª maior entidade Dermatológica do Mundo. Em Portugal, a Dermatovenerologia é representada pelos respectivos colégio de especialidade e sociedade; eles contam com cerca de 350 especialistas reconhecidos pela Ordem.


Fisioterapia / Reabilitação Motora


Fisioterapia é uma ciência da saúde aplicada ao estudo, diagnóstico, prevenção e tratamento de disfunções cinéticas funcionais de órgãos e sistemas. Sua gestão necessita do entendimento das estruturas e funções do corpo humano. Ela estuda, diagnostica, previne e trata os distúrbios, entre outros, cinético-funcionais (da biomecânica e funcionalidade humana) decorrentes de alterações de órgãos e sistemas humanos. Além disso, a Fisioterapia estuda os efeitos benéficos dos recursos físicos como o movimento corporal, as irradiações e correntes eletromagnéticas, o ultrassom, entre outros recursos, sobre o organismo humano. É a área de atuação do profissional formado em um curso superior em Fisioterapia. O fisioterapeuta é capacitado a diagnosticar disfunções, avaliar, reavaliar, prescrever (tratamento fisioterapêutico), emitir prognóstico, elaborar projetos de intervenção e decidir pela alta fisioterapêutica.

É administrada em consultórios, clínicas, centros de reabilitação, asilos, escolas, domicílios, clubes, academias, residências, hospitais, empresas, unidades básicas ou especializadas de saúde, pesquisas, entre outros, tanto por serviços públicos como privados. Atua nas mais diferentes áreas com procedimentos, técnicas, metodologias e abordagens específicas que têm o objetivo de avaliar, tratar, minimizar problemas, prevenir e curar as mais variadas disfunções. Além disto, a complexidade da profissão reside na necessidade do entendimento global do ser humano, por meio da anatomia, citologia, fisiologia, embriologia, histologia, biofísica, biomecânica, bioquímica, cinesiologia, farmacologia, neurociências, genética, imunologia, além da antropologia, ética, filosofia, sociologia, deontologia, e outras ciências de formação geral. Durante o curso, o aluno entra em contato com diversas áreas médicas a fim de associar as patologias com o tratamento fisioterapêutico ideal. Para isso, faz-se necessário o conhecimento e estudo das áreas de: cardiologia, pneumologia, pediatria, urologia, ginecologia, neurologia, geriatria, ortopedia e traumatologia, reumatologia, dermatologia, oncologia entre outras áreas.

Uma formação curricular consistente permite ao fisioterapeuta, em sua avaliação ou consulta, a formulação do diagnóstico fisioterapêutico (cinesiológico-funcional), de acordo com a normatização profissional do Brasil. A Fisioterapia foi regulamentada oficialmente no Brasil pelo Decreto-Lei nº 938 em 1969 e pela Lei Federal nº 6.316 em 1975. Santa Alphais é considerada a padroeira dos fisioterapeutas.

Prevenção
A atenção fisioterapêutica propicia o desenvolvimento de ações preventivas primárias, secundárias e terciárias. Mesmo antes da doença atingir o horizonte clínico, ou seja, de exibir sinais e sintomas, podem ser desenvolvidas intervenções preventivas.

Em indivíduos sob atenção do Fisioterapeuta para recuperação funcional de lesões e/ou disfunções, ações preventivas mais complexas podem ser desenvolvidas, como por exemplo, a prevenção de incapacidade respiratória numa vítima de um dado quadro neurológico.

No âmbito da saúde comunitária, podem ser desenvolvidas ações preventivas visando a minimização de disfunções decorrentes de doenças crônico-degenerativas, prevenção de condições biomecanicamente desfavoráveis, escola de postura, dentre outras ações. É crescente a solicitação da sociedade para que o Estado disponibilize com maior efetividade a atenção fisioterapêutica.

No Brasil, a 13.ª Conferência Nacional de Saúde realizada em Brasília/DF de 14 a 18 de novembro de 2007 aprovou por unanimidade uma política pública de saúde funcional pelo Sistema Único de Saúde.

Um fisioterapeuta esportivo. A Fisioterapia esportiva atua no atendimento imediato a atletas e também de forma preventiva

Processo de reabilitação
Trata-se de um processo multiprofissional visando a reinserção bio-psico-social do paciente. O fisioterapeuta tem por objetivo restaurar os movimentos e funções comprometidas depois de uma doença ou acidente. Nesse momento, é o Terapeuta Ocupacional que irá atuar com esse paciente para que o mesmo possa estar se reinserindo na sociedade, ou o mais perto disto (mais funcional/autônomo possível). Não se pode afirmar que a reabilitação foi um sucesso se o indivíduo recuperado total ou parcialmente não conseguir retornar à sua função social de origem, igual ou próximo ao desempenho anterior ao acidente ou doença. O fisioterapeuta trabalha também como integrante de equipes multiprofissionais de saúde funcional juntamente com enfermeiros, terapeutas ocupacionais, educadores físicos, fonoaudiólogos, psicólogos e médicos. Na resolução CNS n.º 44 de 1993 no Brasil, na gestão do ministro Jamil Haddad na Saúde e inspirado nos princípios do SUS, optou-se pela designação de profissional de saúde no lugar de paramédico nos documentos oficiais, e em extensão a expressão equipe de saúde melhor define o trabalho em equipe interdisciplinar em qualquer área, cuja autonomia dos profissionais envolvidos não fere a equipe mas, ao contrário, é a base de um trabalho em respeito mútuo.

Reintegração
A fase final do processo de reabilitação de grandes incapacitados, reintegrar a pessoa à sociedade é nobre objetivo (não exclusivo) da atenção fisioterapêutica, após uma terapia resolutiva. Em pessoas que sofreram sequelas irreversíveis (perda de membros, paralisias por lesões nervosas centrais ou periféricas ou afecções musculotendinosas incapacitantes), tal reintegração se dá mediante o treinamento e adaptação dos pacientes às suas potencialidades (com uso ou não de órteses e/ou próteses), para um grau o maior possível de autonomia pessoal e comunitária e consequente interação social.

Recursos fisioterapêuticos
Os procedimentos da Fisioterapia contribuem para a prevenção, cura e recuperação da saúde. Para que o fisioterapeuta eleja os procedimentos que serão utilizados, ele terá de proceder à elaboração do diagnóstico Cinesiológico Funcional identificando a abrangência da disfunção, assim como acompanhar a resposta terapêutica aos procedimentos indicados pelo próprio profissional. Eis os mais conhecidos e utilizados recursos fisioterapêuticos:

Cinesioterapia - Terapia pelo movimento. São procedimentos onde se usa o movimento com os músculos, articulações, ligamentos, tendões e estruturas do sistema nervoso central e periférico, que têm como objetivo recuperar a função dos mesmos. A reeducação postural é um princípio da cinesioterapia: tratar deformidades da coluna ou problemas de postura com exercícios de alongamento e de fortalecimento muscular. Um dos caminhos é o popularmente conhecido no Brasil como RPG, porém pouco difundido na Europa, aonde se prefere os termos Cadeias musculares de Mezière ou Cadeias diagonais de Busquet (oblíquas, transversas), entre outras.
Eletroterapia - Recurso que utiliza a eletricidade em inúmeros tratamentos e estimulação, como o TENS e o FES.
Termoterapia - Terapia que utiliza o calor, ou o frio, como forma de tratar diversas patologias.
Fototerapia - Utiliza aparelhos geradores de luz em diversos tratamentos.
Mecanoterapia - Procedimento com aparelhos mecânicos para fortalecer, alongar, repotencializar a musculatura e reeducar movimentos comprometidos.
Hidroterapia - Cinesioterapia realizada em ambiente aquático. Crioterapia - Emprego de gelo como procedimento terapêutico, geralmente em segmentos para tratamento de contusões e torções. Equoterapia (ou Hippoterapia) - reconhecido oficialmente como recurso terapêutico por resolução do Coffito de n.º 348, de 27/03/08. Trata-se do tratamento com auxílio do cavalo: este influencia o paciente, ao invés do paciente controlá-lo. O paciente é colocado sobre o cavalo e responde ativamente aos seus movimentos, enquanto o terapeuta, com o auxílio do auxiliar guia, determina a direção do percurso, a posição da cabeça e a velocidade do cavalo, assim como analisa as respostas do praticante fazendo os ajustes necessários para cada situação.

Além destes recursos, há vários outros mais recentes e menos conhecidos e utilizados, entre eles estão:
- Acupuntura;
- Cromoterapia;
- Magnetoterapia;
- Argiloterapia;
- Geoterapia;
- Helioterapia;
- Talassoterapia;
- Microfisioterapia;
- Spiral Taping;
- Cristalterapia, etc.

Ensino e estágios
Os primeiros cursos de Fisioterapia no Brasil remontam à década de 1950 e a partir dos anos 1960 são primeiramente reconhecidos como superiores na USP, na ABBR (RJ), na FCMMG, na UFPE e na Baiana. Atualmente, estão catalogados 499 cursos em todo o Brasil. A ABENFISIO - Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia é a entidade representativa do segmento e foi fundada durante a realização do 14.º Congresso Brasileiro de Fisioterapia de SALVADOR-BA em 1999, elegendo sua primeira diretoria em abril de 2001, em Santos/SP - Unisanta, durante o 4.°Fórum Nacional de Docentes em Fisioterapia.

Estágios em Fisioterapia submetem-se às exigências da lei federal n.º 11.788, de 25 de setembro de 2008, nos aspectos gerais da atividade, e enquadram-se nos aspectos específicos, enquanto área assistencial da saúde, na resolução normativa do COFFITO n.º 153/93,[2] que complementa a de nº 139/92 e que estabelece uma relação de no máximo 6 alunos para um preceptor, e nas recomendações da ABENFISIO do Forum de João Pessoa de 2006 para uma adequada supervisão docente.

Áreas da fisioterapia
- Fisioterapia pediátrica, Neonatológica e Hebeátrica - Especialidade que utiliza de métodos e técnicas próprias para o tratamento de enfermidades de recém-nascidos, crianças e adolescentes.
- Fisioterapia geriátrica e gerontológica - Estuda, previne e trata as disfunções decorrentes do processo de envelhecimento, mediante a administração de condutas fisioterapêuticas, prevenindo problemas funcionais e promovendo a recuperação funcional global de pessoas idosas.
- Fisioterapia dermatofuncional - Especialidade da Fisioterapia que diagnostica, estuda e trata as afecções dermatológicas e intertegumentares.
- Fisioterapia uroginecofuncional e Obstétrica - A Fisioterapia aplicada à uroginecologia tem como principal objetivo a prevenção e o tratamento de disfunções urinárias, fecais e sexuais, por meio de recursos diversos, entre eles a reeducação do assoalho pélvico e musculatura acessória, os quais serão submetidos a exercícios de fortalecimento. A Fisioterapia Obstétrica se baseia em promover uma melhor adaptação da mulher às mudanças do seu corpo no período de gestação, preparando todas as suas estruturas para o parto.
- Fisioterapia neurofuncional - Área da Fisioterapia que visa ao estudo, diagnóstico e tratamento de distúrbios neurológicos que envolvam ou não disfunções motoras; por exemplo, pacientes que sofreram um acidente vascular encefálico (AVE). A fisioterapia neurofuncional induz ações terapêuticas para recuperação de funções, entre elas a coordenação motora, a força, o equilíbrio e a coordenação. A terapêutica em Fisioterapia neurológica baseia-se em exercícios que promovam a restauração de funções motoras, de forma a resolver deficiências motrizes e aperfeiçoar padrões motores, com importante fundamentação nos princípios neurofisiológicos da facilitação neuromuscular proprioceptiva.
- Fisioterapia traumato-ortopédico-funcional - Estuda, diagnostica e trata as disfunções musculoesqueléticas, de origem ortopédica ou decorrente de traumatismos, além de doenças de origem reumatológica. Utiliza os recursos terapêuticos para aumentar a capacidade de movimentação, estimular a circulação e diminuir as dores de pacientes com fraturas, traumas musculares e entorses.
- Fisioterapia respiratória - Conjunto de procedimentos fisioterapêuticos que visam melhorar a dinâmica respiratória e a distribuição do ar inalado no pulmão, remover secreções brônquicas, obtendo assim melhor função respiratória. Além das técnicas manuais, existem diversos equipamentos que auxiliam na obtenção destes resultados.
- Fisioterapia orofacial - Atua principalmente na saúde bucal em conjunto com a Odontologia e Fonoaudiologia, tratando de disfunções da articulação temporomandibular, além de tratar disfunções relacionadas problemas oculares e pré e pós-operatório de cirurgias plásticas faciais. - Fisioterapia esportiva - Atua diretamente nas atividades esportivas, na preparação, prevenção e recuperação de lesões no processo de reabilitação de atletas em clubes, times, academias, etc.
- Fisioterapia manipulativa - A Fisioterapia Manipulativa Musculoesquelética ou Terapia Manual Ortopédica é uma área de especialização da Fisioterapia que lida com o manejo de condições neuro-músculo-esqueléticas, embasada no raciocínio clínico, usando abordagens de tratamento altamente específicas incluindo técnicas manuais e exercícios terapêuticos. A Terapia Manual Ortopédica ou Fisioterapia Manipulativa Musculoesquelética também abrange e é conduzida pelos dados científicos disponíveis, evidência clínica e pelo quadro biopsicosocial de cada paciente.
- Acupuntura e fisioterapia - É uma especialização reconhecida pelo COFITO desde 1985 e consiste na aplicação da acupuntura e de outras técnicas corporais da medicina tradicional chinesa aos problemas músculo-esqueléticos tradicionalmente abordados destacando-se aspectos da terapia e dor, comportamento depressivo e a reorganização das sensações corporais.
- Fisioterapia oncofuncional - A Fisioterapia Oncofuncional tem como objetivo preservar, manter, desenvolver e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas do paciente, assim como prevenir os distúrbios causados pelo tratamento oncológico.


Gastroenterologia


A Gastroenterologia ou Gastrenterologia (do grego gastér = estômago, énteron = intestino), é a especialidade médica que se ocupa do estudo, diagnóstico e tratamento clínico das doenças do aparelho digestivo. O tratamento cirúrgico de tais patologias é abordado pela Cirurgia do Aparelho Digestivo.
Formação Acadêmica
No Brasil, o médico gastroenterologista precisa concluir, além do curso de graduação em medicina, programa específico de residência médica com duração mínima de 2 anos ou experiência na área pelo mesmo tempo e ser aprovado em concurso para receber o título de especialista outorgado pela Associação Médica Brasileira e Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Áreas de Atuação
Médicos gastroenterologistas podem ainda atuar em áreas que não são consideradas especialidades médicas no Brasil, mas que estão relacionadas à especialidade e geralmente requerem uma formação acadêmica adicional, a saber: endoscopia digestiva, gastroenterologia pediátrica, hepatologia e nutrição parenteral e enteral.


Ginecologia


A ginecologia é a pratica da medicina que lida diretamente com a saúde do aparelho reprodutor feminino (vagina, útero ovários) e mamas. Seu significado literal é "a ciência da mulher". É paralela a andrologia que lida especificamente com questões ligadas ao aparelho reprodutor masculino. Quase todos ginecologistas atuais são também obstetras; veja "Ginecologia e obstetrícia".

Etimologia:
A palavra "ginecologia" vem do grego gyne "mulher" e -logia "estudo".

Doenças:
Os principais problemas tratados com um ginecologista são:
- Cancro dos órgãos reprodutivos incluindo ovários, tuba uterina, útero, vagina e vulva.
- Incontinência urinária
- Amenorreia (ausência dos períodos menstruais)
- Dismenorreia (períodos menstruais dolorosos - cólicas)
- Infertilidade
- Menorragia
- Prolapso dos órgãos pélvicos
- Vaginites

Existe uma troca entre as áreas médicas. Por exemplo, uma mulher com incontinência urinária pode ser indicada para um urologista.


Neurocirurgia


Neurocirurgia é a especialidade médica que se ocupa do tratamento de adultos e crianças portadores de doenças do sistema nervoso central e periférico, assim como tumores, doenças vasculares, degenerativas, traumas crânio-encefálicos e lesões raqui-medulares passíveis de abordagem cirúrgica. Recentemente, também passou a tratar da substituição de órgãos sensoriais (olho e ouvido interno) disfuncionais por dispositivos artificiais.

Esta especialidade é certificada ao médico que realize um período de formação tutelada, variante segundo os países.

No Brasil, após o término regular do curso (faculdade) de medicina de seis anos, atualmente a Residência em Neurocirurgia compreende mais 5 anos de estudos com prática clínica e cirúrgica. Licenciado como médico, o interessado em cumprir o programa da residência médica para se tornar neurocirurgião, similar às outras especialidades médicas, deve realizar prova de acesso concorrendo com outros colegas médicos interessados e ser submetido à entrevista, pois as vagas são restritas a uma a quatro vagas em média na maioria dos serviços. As provas são anuais e costumam ser muito concorridas, semelhante a um segundo vestibular. O programa oficial de residência médica é definido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) em parceria com a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, que fornece o título de especialista, de comum acordo com a Associação Médica Brasileira. Pode ainda haver um 6º ano opcional dentro do programa da residência, de subespecialização.

Em Portugal, o internato consiste em 72 meses distribuídos do seguinte modo: 6 de Cirurgia Geral (o que inclui 3 de Traumatologia), 3 de Neurologia, 3 de Neuro-radiologia, 48 de Neurocirurgia, 3 de Otoneurocirurgia, 3 de Oftalmoneurocirurgia, 2 de Ortopedia, 2 de Cirurgia Plástica e 2 de Cirurgia Vascular. A avaliação (teórica, prática e curricular) é feita no fim de cada ano e do internato. Finalizado este período de formação, o médico adquire o grau de especialista.

Tanto as Sociedades Brasileira e Portuguesa de Neurocirurgia como a Academia Brasileira de Neurocirurgia e o Colégio de Especialidade de Neurocirurgia da Ordem dos Médicos portuguesa são reconhecidos pela World Federation of Neurosurgical Societies.

As cirurgias neurológicas compreendem as: 1- cranianas, 2- espinhais, 3- dos nervos periféricos.

As cirurgias do crânio envolvem em sua grande maioria apenas o segmento da parte intracraniana e seus envoltórios, mas eventualmente podem envolver estruturas circunvizinhas, assim como o ouvido, cavidades orbitárias, cavidades abaixo da base do crânio, por exemplo, fossa nasal, faringe, podendo servir como acesso ou área de interesse da patologia como nos casos de tumores que invadem a base do crânio e se estendem para outras regiões, alguns tumores de hipófise, etc...

A abertura do crânio é variável em tamanho, formato e região de interesse. Cabe ao neurocirurgião escolher estes importantes detalhes de acordo o quadro clínico de seu paciente. Pode ser um ou mais pequenos furos (trepanação/trepanações), uma abertura maior bastante variável em tamanho e contornos (craniotomia, onde um pedaço do osso é retirado temporariamente para o acesso)com formato poligonal, arredondado ou com um formato intermediário. Existe também a craniectomia, onde o retalho ósseo retirado não é colocado de volta, pelo menos não no momento da cirurgia devido vários motivos: inchaço cerebral grave, infecção óssea, estilhaçamento ósseo, etc. A correção da craniectomia se chama cranioplastia e é muito comum o uso de próteses para substituir o retalho ósseo,

Para acesso à região óssea do crânio a ser aberta o especialista também definirá como será aberto o couro cabeludo, musculatura local se houver, na região da ferida operatória. As aberturas do couro cabeludo geralmente são arqueadas ou tem formatos de ferradura, em ponto de interrogação, sinusóide e até retilíneas. Dentro da melhor técnica, o neurocirurgião deve procurar, entre outras preocupações mais importantes, preservar a estética do paciente, por exemplo, sempre que possível evitando fazer cortes na fronte (testa) do mesmo.

Um neurocirurgião pode:
- tratar traumatismos cranianos, encefálicos, espinhais e de nervos periféricos;
- tratar lesões vasculares intracranianas e suas consequências: aneurismas, mal-formações artério-venosas, hemorragia, hematoma;
- tratar tumores do encéfalo e da caixa óssea craniana, bem como tumores da coluna.
- tratar hidrocefalia (algumas vezes intra-útero), meningocele, meningomielocele, siringomielia
- tratar edema cerebral, abscessos, parasitoses cerebrais, cistos, etc...
- tratar deformações congênitas do crânio; afundamentos e falhas ósseas;
- tratar casos selecionados de Doença de Parkinson e outras condições que exijam inserção de eletrodos no sistema nervoso central;
- tratar casos selecionados de epilepsia de difícil controle medicamentoso;
- tratar dores crônicas diversas com procedimentos cirúrgicos;
- tratar hérnia de disco, estenoses, degenerações discais sintomáticas, listese vertebral, escolioses, fraturas por osteoporose, síndrome facetária, compressão radicular, etc...
- inserir e retirar próteses diversas do crânio e coluna espinhal.
- trabalhar como pesquisador, perito médico judicial, professor, desenvolver próteses, etc...

Os neurocirurgiões conseguem com a história clínica do paciente e exame físico compreender as alterações das partes chave e precisas que têm de ser operadas. Ferramentas como os Raios-X, TC ou CT (Tomografia Computadorizada), Ressonância Magnética, Cisternocintilografia, Eletroneuromiografia, e outros tipos de exames auxiliam secundariamente no raciocínio diagnóstico e a topografar o sítio anatômico do problema, bem como posteriormente definir a estratégia terapêutica mais apropriada.


Neurologia


Neurologia é a especialidade médica que trata dos distúrbios estruturais do sistema nervoso. Especificamente, ela lida com o diagnóstico e tratamento de todas as categorias de doenças que envolvem os sistemas nervoso central, periférico e autônomo, parassimpatico e Simpatico incluindo os seus revestimentos, vasos sanguíneos, e todos os tecidos efetores, como os músculos. O correspondente cirúrgico da especialidade é a neurocirurgia.

O neurologista, médico que se especializou em neurologia, é treinado para investigar, diagnosticar e tratar distúrbios neurológicos. O neuropediatra trata doenças neurológicas em crianças. Neurologistas também podem estar envolvidos na pesquisa clínica, ensaios clínicos, bem como em pesquisa de ciências básicas da medicina.

Grupos de doenças da neurologia
Entre as principais doenças abordadas pela especialidade podem-se citar:

- Distúrbios do sono
- Neuro-infecções
- Epilepsias
- Doenças vasculares encefálicas
- Neuropatias
- Mielopatias
- Traumatismo crânio-encefálico
- Doenças neurodegenerativas
- Distúrbios dos movimentos
- Síndrome de Guillain-Barré
- Deficiência mental e Malformações congênitas do Sistema Nervoso

Além das doenças mentais de base orgânica ou Neuropsicopatologias. O CID, na 10ª revisão divide as patologias do sistema nervoso em 10 grupos onde não se incluem os Transtornos mentais orgânicos, inclusive os sintomáticos (F00-F09) e Síndromes comportamentais associadas a disfunções fisiológicas e a fatores físicos (F50-F59); além do Retardo mental (F70-F79) e Transtornos do desenvolvimento psicológico (F80-F89).

Naturalmente esse é um sistema de classificação estatística com fins de análise epidemiológica e/ou de organização de serviços de saúde. Utilizam-se também outras classificações tipo o DSM - Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais pois a divisão entre transtornos mentais, psicológicos e cerebrais é uma divisão com fins didáticos e de organização do mercado de trabalho dos profissionais de saúde e não há como separar a forma da função de um órgão ou sistema orgânico.


Oftalmologia


A oftalmologia (grego: ophthalmós (olho) + logos (estudo): estudo do olho) é uma especialidade da medicina que estuda e trata as doenças relacionadas ao olho, à refração e aos olhos e seus anexos. O médico oftalmologista realiza cirurgias, prescreve tratamentos e correções para os distúrbios de visão. A oftalmologia tem várias sub-especialidades, entre elas a oftalmo-pediatria, a plástica ocular, doenças orbitárias, doenças das vias lacrimais, o estrabismo, o glaucoma, a cirurgia refrativa, retina,córnea, etc.

Etimologia
A palavra "oftalmologia" vem da raiz grega 'ophthalmos',literalmente significa "a ciência dos olhos". Como uma disciplina, aplica-se também aos olhos de animais, uma vez que as diferenças da prática humana são surpreendentemente menores e estão relacionadas principalmente a diferenças na anatomia ou prevalência, não as diferenças entre os processos da doença.

Visão geral
A oftalmologia, como parte da medicina e especialidade médica, é dedicada ao estudo, diagnóstico e tratamento de doenças e erros de refração apresentados pelo olho, oculística e oftalmiatria. Seu estudo envolve doenças como astigmatismo, ambliopia, catarata, degeneração macular, pterígio, toxoplasmose e tumores oculares.


Ortopedia e Traumatologia


A oftalmologia (grego: ophthalmós (olho) + logos (estudo): estudo do olho) é uma especialidade da medicina que estuda e trata as doenças relacionadas ao olho, à refração e aos olhos e seus anexos. O médico oftalmologista realiza cirurgias, prescreve tratamentos e correções para os distúrbios de visão. A oftalmologia tem várias sub-especialidades, entre elas a oftalmo-pediatria, a plástica ocular, doenças orbitárias, doenças das vias lacrimais, o estrabismo, o glaucoma, a cirurgia refrativa, retina,córnea, etc.

Etimologia
A palavra "oftalmologia" vem da raiz grega 'ophthalmos',literalmente significa "a ciência dos olhos". Como uma disciplina, aplica-se também aos olhos de animais, uma vez que as diferenças da prática humana são surpreendentemente menores e estão relacionadas principalmente a diferenças na anatomia ou prevalência, não as diferenças entre os processos da doença.

Visão geral
A oftalmologia, como parte da medicina e especialidade médica, é dedicada ao estudo, diagnóstico e tratamento de doenças e erros de refração apresentados pelo olho, oculística e oftalmiatria. Seu estudo envolve doenças como astigmatismo, ambliopia, catarata, degeneração macular, pterígio, toxoplasmose e tumores oculares.


Otorrinolaringologia


A Otorrinolaringologia é uma especialidade médica, clínica e cirúrgica, responsável pelo diagnóstico e tratamento das doenças da cabeça e do pescoço, especialmente, ouvido (oto), nariz (rhino) e garganta (laringo).

A principal função do otorrinolaringologista (ou, para abreviar, 'otorrino') é a de cuidar da audição, da respiração, da voz (englobando as cordas vocais), da garganta e de tudo que estiver relacionado a isso, como o sono e as alergias das vias respiratórias.

Os sinais e sintomas mais comuns das doenças tratadas pelos otorrinos são:
- Nariz entupido
- Dor de cabeça
- Dor na face
- Secreção nasal
- Sangramento nasal
- Dificuldade auditiva/surdez
- Zumbido
- Tontura
- Secreção no ouvido
- Sangramento no ouvido
- Dor de ouvido
- Dor e infecção de garganta
- Rouquidão (disfonia)
- Pigarro
- Tosse
- Roncos e apnéia

A avaliação clínica do Otorrinolaringologista (Otorrino) é muito importante para o correto diagnóstico e tratamento dessas afecções. O tratamento pode ser tanto cirúrgico quanto clínico, dependendo de cada caso especificamente.

As principais doenças são:
- Rinites
- Sinusites
- Desvio do septo nasal
- Polipose nasal
- Distúrbios do sono (apnéia)
- Surdez
- Otites
- Perfuração do tímpano
- Distúrbios do labirinto, labirintites
- Amigdalite/faringite
- Adenóides e amigdalas aumentadas
- Paralisia facial
- Distúrbios da deglutição
- Alterações das pregas vocais

Quando procurar um otorrino?

Geralmente o profissional é procurado após indicação de um outro médico, na maioria das vezes um clínico-geral ou pediatra. Mas o paciente pode e deve procurar o otorrino, sempre que perceber que está com problemas relacionados aos ouvidos, nariz e garganta.

O otorrinolaringologista acompanha o indivíduo desde o nascimento até a velhice, tratando das principais doenças que acometem cada fase da vida. Na infância as otites e amigdalites são mais frequentes, na idade adulta, as rinite, sinusites, rouquidão e nos idosos, a surdez e os distúrbios do equilíbrio.


Pediatria


A Pediatria constitui-se em uma especialidade da Medicina que estuda, trata e acompanha o ser humano desde o nascimento até a adolescência, ou ainda antes dele, na fase perinatal, quando há necessidade da intervenção pediátrica.


Pneumologia


Pneumologia é a especialidade médica a qual é responsável pelo tratamento das patologias das vias aéreas inferiores. O profissional habilitado para atuar na mesma é denominado "pneumologista".

Entre as doenças sob enfoque da pneumologia encontram-se Apnéia Obstrutiva do Sono, Asma, Doença Pulmonar Obstrutiva crônica (DPOC), Pneumonias em suas variadas etiologias, Deficiência de Alfa-1-antitripsina (DAAT), Fibrose Cística, Tuberculose, Micoses Pulmonares, Doenças Pulmonares Interticiais, Transtornos vasculares dos pulmões, Doenças auto-imunes com comprometimento pulmonar e as Pneumoconioses.

Além da avaliação clínica, os Pneumologistas são habilitados para a realização de exame espirométrico (ou espirometria) de broncoscopia.


Pronto Socorro Geral


Unidade destinada à prestação de assistência a pacientes com ou sem risco de vida, cujos agravos necessitam de atendimento imediato.


Radiologia


Radiologia é o ramo ou especialidade da medicina que utiliza as radiações para a realização de diagnósticos controlo e tratamento de doenças. Ela permite a visualização de ossos, órgãos ou estruturas através do uso de radiações (sonoras, eletromagnéticas ou corpusculares), gerando desta maneira uma imagem. Nas últimas décadas foram acrescentados novos métodos de imagem como a tomografia computadorizada, a mamografia, a ultrassonografia e a ressonância magnética nuclear. Esses novos equipamentos e muitos outros avanços vieram a contribuir para tornar essa área ainda mais interessante.

História

Ao final do século 19, mais precismente ao cair da noite de uma sexta-feira, 8 de novembro de 1895, o Professor físico alemão, Wilhelm Conrad Röntgen, quando trabalhava em seu laboratório na Baviera, sul da Alemanha, estudando o tubo de raios catódicos, descobriu acidentalmente os raios x.

Observando a fluorescência emanada de uma placa de papelão recoberta com platinocianeto de bário, na sala escura, este professor, aos cinquenta anos de idade, investigador brilhante, perfeccionista e astuto, fez uma das mais importantes descobertas científicas da humanidade.

Voltando a Wurzburg em 1888, após ter lecionado física em Estrasburgo, matemática em Hohenhein, física em Giessem, sentia-se realizado, pois esta mesma Universidade que agora o convidava para a direção do Instituto de Física, havia lhe negado a livre docência 16 anos antes.

As descargas elétricas em tubos de gás eram o grande tema das pesquisas da época e reservou, no novo prédio do Instituto que dirigia, duas salas ao fundo do grande saguão de entrada, com janelas dando para os jardins, para suas experiências neste campo. Para lá foram levados, em outubro de 1888, uma bobina de Rumkorff, uma bomba vácuo, tubos Hittorff-Crookes, tubos Lenard, enfim, o equipamento necessário para este tipo de pesquisa.

A passagem da corrente de alta tensão através dos tubos Hittorff-Crokes causava uma luminescência muito intensa no interior do tubo e como pretendia testar a fluorescência do platinocianeto de bário que era muito fraca, cobriu cuidadosamente o tubo com papelão preto de tal maneira que a luminosidade do tubo não impedisse a visualização de outros fenômenos. Ao escurecer a sala para verificar se o tubo estava bem impermeável à luz e ligando a bobina de Rumkorff que fornecia a alta tensão para o tubo, notou uma tênue fluorescência sobre a bancada a quase um metro de distância. Como o tubo estava altamente recoberto com papel preto aquela luz não podia ser devida a reflexos e sim, que a placa de substância fluorescente emitia luz porque estava sendo atingida por algum tipo desconhecido de radiação, que originando-se no interior do tubo atravessava o invólucro opaco à luz e causava aquela fluorescência. Raios catódicos que atravessavam uma finíssima lâmina de alumínio nos tubos Lenard também produziam já se sabia, fluorescência no écran de platinocianeto de bário, porém apenas a alguns centímetros do tubo e jamais àquela distância agora notada.

Fascinado por esta observação passou todo o fim de semana trancado no laboratório onde comia e dormia, e no qual, em experimentos com o material que dispunha à mão, investigou a capacidade destes raios de penetrar em corpos opacos à luz interpondo entre o tubo e a placa praticamente o que pudesse encontrar.

Sabendo que os raios catódicos sensibilizavam filmes fotográficos, investigou para saber se estes raios, que ele agora descobria, também tinham esta propriedade. Pedaços de diferentes metais, livros, pesos de balança, sua espingarda de caça, foram um a um radiografados então.

Havendo notando que enquanto segurava os objetos entre o tubo e écran de platinocianeto de bário tinha visto a imagem dos ossos de sua mão, Rontgen decidiu investigar sobre este assunto para isto convenceu D. Bertha, sua esposa, a colocar a mão sobre um filme fotográfico em chassi de papel e ligou o tubo durante 15 minutos. O filme revelado mostrou claramente a imagem dos ossos e uma nova era na ciência estava inaugurada.

Ciente da importância de sua descoberta, que ele chamou de raios X por não saber realmente do que es tratava, sendo X a incógnita da matemática, Prof. Röntgen passou os últimos dias de dezembro a redigir o artigo que submeteu ao Secretário da Sociedade Físico-Médica de Wurzburg, solicitando sua publicação no SITZUNGSBERICHTE da Sociedade, embora não tivesse o trabalho sido apresentado em uma das reuniões da Sociedade. Assim foi feito e no exemplar de dezembro de 1895 daquela revista saiu publicado o "EINE NEURE ART VON STRAHLEN" (sobre uma nova espécie de raios).

Suas experiências e observações e relata que:
- Os raios X atravessam corpos opacos à luz;
- Provocam fluorescência em certos materiais;
- A radiopacidade dos corpos é proporcional à sua densidade e para aqueles de mesma densidade, à espessura;
- São invisíveis;
- Não são refratários, nem refletíveis, nem podem ser focalizados por lentes;
- Não são defletidos por campos magnéticos;
- Os raios X originam-se do ponto de impacto dos raios catódicos no vidro do tubo de gás;
- Os raios X propagam-se em linha reta;
- Não sofrem polarização.

Por este trabalho recebeu em 1901 o primeiro Prêmio Nobel de Física.

Mais de vinte e cinco anos se passaram antes que novas características destes raios fossem descobertas.

Após a comunicação nos meios científicos, centenas de trabalhos foram publicados apenas no primeiro ano após a descoberta, mesmo porque os laboratórios de física da época estavam equipados para produzi-los.

Cerca de 20 dias após a comunicação de Röntgen, Dr. Otto Walkhoff, de Braunschweig, Alemanha, fez a primeira radiografia dental. Esta foi conseguida usando uma placa de vidro com emulsão fotográfica, envolvida em papel preto e lençol de borracha. A radiografia foi tomada de sua própria boca com um tempo de exposição de 25 minutos.


Urologia


Urologia é uma especialidade cirúrgica da medicina que trata do trato urinário de homens e de mulheres e do sistema reprodutor dos homens. Os médicos que possuem especialização nesta área são os urologistas, sendo treinados para diagnosticar, tratar e acompanhar pacientes com distúrbios urológicos. Os órgãos estudados pelos urologistas incluem os rins, ureteres, bexiga urinária, uretra e os órgãos do sistema reprodutor masculino (testículos, epidídimos, ducto deferente, vesículas seminais, próstata e pênis). As adrenais acabaram entrando na especialidade devido ao aspecto cirúrgico das doenças tumorais das supra-renais. Quando tem indicação cirúrgica de tumor de supra-renal o endocrinologista encaminha para o urologista.

Nos homens, o sistema urinário está integrado com o sistema reprodutor, ao passo que nas mulheres o trato urinário se abre na vulva. Em ambos os sexos, os tratos urinário e reprodutor estão próximos, o que faz com que os distúrbios de um trato geralmente afetem o outro. A urologia combina o acompanhamento de condições não-cirúrgicas como, por exemplo, infecções do trato urinário, e de condições cirúrgicas, como a correção de anomalias congênitas e o tratamento cirúrgico de cânceres. Estas anomalias na região genital são conhecidas como distúrbios geniturinários.